Marcelo, o filho e as gémeas: "Se disse que não tinha falado, não falei"

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a ser questionado sobre o caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um medicamento que custa mais de dois milhões de euros.

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© Horacio Villalobos/Corbis/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
06/12/2023 18:26 ‧ 06/12/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a ser questionado, esta quarta-feira, sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital Santa Maria, em Lisboa.

O chefe de Estado referiu que não tinha "nada a acrescentar" sobre este caso, tendo sido ainda questionado sobre se achava que o assunto tinha ficado esclarecido, mas insistiu: "Neste momento, não tenho nada a acrescentar". A mesma resposta foi dada quando questionado se iria tornar públicos os documentos enviados à Procuradoria-Geral da República.

Marcelo foi ainda confrontando com as suas declarações, quando disse que não acreditava que alguém tivesse utilizado o seu nome no âmbito deste caso, e questionado se já tinha falado com o filho, Nuno Marcelo Rebelo de Sousa, disse: "O que disse, disse. Se, na altura, disse que não tinha falado, é porque não falei".

O caso das gémeas foi revelado numa reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual duas crianças luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, que custou no total cerca de quatro milhões de euros.

Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, que negou qualquer interferência no caso.

O caso está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e é também objeto de uma auditoria interna no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.

Já esta semana, Marcelo que garantiu que não se recordava "minimamente" de como a trama tinha começado, confirmou que, a 21 de outubro de 2019, recebeu um e-mail do filho, Nuno Rebelo de Sousa, sobre a situação das meninas, que era "uma corrida contra o tempo".

"Tinham enviado para Santa Maria a documentação e não tinham resposta. [Perguntou] se era possível saber. No mesmo dia, despachei para o chefe da Casa Civil", explicou, ao mesmo tempo que adiantou ter enviado a documentação recolhida para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que abriu um inquérito ao caso.

A resposta chegaria dois dias depois, tendo sido garantido ao filho do Presidente que o processo foi recebido, mas que estavam a ser "analisados vários casos do mesmo tipo", com capacidade de resposta "limitada". 

Nessa linha, Nuno Rebelo de Sousa contactou novamente a Casa Civil, tendo o organismo apontado que "a prioridade é dada aos casos portugueses, daí que não tenham sido contactados, nem devam ser", uma vez que as crianças não se encontravam no país.

Marcelo Rebelo de Sousa detalhou ainda que os pais das meninas foram informados de que a documentação tinha sido enviada, e assim terminou a intervenção da Presidência.

[Notícia atualizada às 18h39]

Leia Também: O email do filho e a (não) intervenção. Marcelo esclarece caso das gémeas

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