COP28? Zero "extremamente desiludida com o curso das negociações"
Associação ambientalista considera "verdadeiramente dramático" se "líderes mundiais não aproveitarem o tempo que a comunidade científica afirma que temos até 2030 para reduzir 45% das emissões globais de gases com efeitos de estufa em relação a 2010".
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País COP28
A associação ambientalista Zero mostrou-se, esta segunda-feira, "extremamente desiludida com o curso das negociações" na Conferência do Clima de 2023 (COP28).
"Para a Zero, é verdadeiramente dramático se os líderes mundiais não aproveitarem o tempo que a comunidade científica afirma que temos até 2030 para reduzir 45% das emissões globais de gases com efeitos de estufa em relação a 2010, para garantir um aquecimento global que não vá além de 1,5ºC em relação à era pré-industrial", lê-se num comunicado enviado às redações.
Nessa mesma nota, a Zero diz que "a atual proposta" negociada na COP28 é "uma enorme desilusão e retrocesso", sendo que "o último texto do Balanço Global, um dos elementos mais relevantes desta COP28", falha "completamente".
Em parte, porque "não respeita a ciência e não cumpre com os objetivos do Acordo de Paris relativamente a limitar o aquecimento a 1,5ºC" e porque "a secção de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis nada mais é do que um menu que os países podem escolher, incluindo opções caras e duvidosas, em vez de um pacote energético que apela aos governos para abordarem de forma significativa a urgência da crise climática através de uma abordagem rápida, justa, financiada e equitativa".
Mais, a Zero critica que o documento "não contém referências à 'eliminação progressiva' ou 'redução gradual' dos combustíveis fósseis, apesar de estarem muito presentes na versão anterior" e que, em 11 mil palavras, o termo "combustíveis fósseis" é "mencionado 3 vezes" e as palavras "petróleo" ou "gás" não são mencionadas "nenhuma vez".
A lista de críticas continua, acusando a Zero que é mencionada uma "redução progressiva do carvão", embora "sem qualquer escala temporal", bem como que "há um forte foco em tecnologias de redução duvidosas, como a captura e sequestro de carbono ou dispendiosas como a energia nuclear" e que "não há ênfase na ação nesta década crítica até 2030".
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