"Estamos a aguardar a decisão do STJ, que encerra definitivamente este processo", disse à agência Lusa o advogado Vítor Parente Ribeiro, representante das famílias dos seis jovens que morreram há 10 anos na praia do Meco, no concelho de Sesimbra (distrito de Setúbal), em 15 de dezembro de 2013.
Em dezembro do ano passado, quando o STJ aceitou o recurso de revista excecional, Vítor Parente Ribeiro considerou tratar-se de uma última possibilidade de responsabilizar o ex-`dux´ João Miguel Gouveia e a Universidade Lusófona pela morte dos seis jovens, defendendo que as universidades não podem lavar as mãos das praxes que vão permitindo, sem nada fazerem para as impedir.
As famílias dos seis jovens reclamam uma indemnização de 1,3 milhões de euros em ações cíveis contra a Universidade Lusófona e o ex-`dux´, mas o acórdão do Tribunal da Relação de Évora, de julho do ano passado, não deu provimento ao recurso da decisão do Tribunal de Setúbal, que, em outubro de 2021, tinha absolvido João Miguel Gouveia e a academia de eventuais responsabilidades cíveis pela tragédia.
Para trás já tinha ficado o processo-crime relacionado com a morte dos seis jovens, que, depois da instrução, foi arquivado em março de 2015 pelo Tribunal de Setúbal, uma decisão confirmada em janeiro de 2016 pelo Tribunal da Relação de Évora.
Segundo o ex-`dux´ da Universidade Lusófona, único sobrevivente da tragédia, os estudantes estariam na praia do Meco quando foram arrastados para o mar por uma onda, mas os familiares das vítimas continuam a acreditar que os seis universitários morreram durante uma praxe académica.
As quatro raparigas e os dois rapazes que morreram na praia do Meco faziam parte de um grupo de sete alunos que, no âmbito das atividades da comissão de praxes da Universidade Lusófona, estava a passar o fim de semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, também no concelho de Sesimbra.
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