A reunião, agendada para as 15h00 no Comando-Geral da GNR, em Lisboa, foi convocada por Rui Ribeiro Veloso na quinta-feira, dia em que o diretor nacional da PSP se reuniu com os sindicatos dos polícias, a quem manifestou solidariedade com os protestos.
Também Ribeiro Veloso manifestou na quinta-feira apoio aos protestos dos elementos das forças de segurança, mas pediu aos militares da corporação para que "em nenhuma circunstância a liberdade e a segurança" dos cidadãos seja descurada.
Numa mensagem enviada ao dispositivo da Guarda Nacional Republicana, Rui Ribeiro Veloso manifestou confiança na possibilidade de "encontrar uma solução justa e equilibrada que responda às legítimas expectativas dos militares da Guarda".
Os militares da GNR, juntamente com polícias da PSP, têm realizado protestos em várias cidades do país para exigir melhores condições salariais e de trabalho, numa iniciativa que começou com um agente da PSP em frente à Assembleia da Republica, em Lisboa, e está a mobilizar cada vez mais elementos da PSP, bem como da GNR e da guarda prisional.
A contestação dos elementos da PSP e dos militares da GNR teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que não tem equivalente nas restantes forças de segurança e, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.
Na sexta-feira, após uma reunião com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a plataforma defendeu que todos os partidos políticos devem tomar "uma posição sólida e clara" sobre os direitos dos polícias antes das eleições legislativas.
O ministro da Administração Interna tinha recordado, no mesmo dia, que o Governo "está a entrar numa fase de gestão e não tem condições" para dar respostas às reivindicações dos polícias, remetendo uma solução para um futuro Governo.
Os protestos dos polícias estão a ser organizados através de redes sociais como Facebook e Telegram.
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