Presidente da ADSE considera que "gestão prudente" é para ser mantida

A presidente da ADSE, Manuela Faria, considerou hoje que as projeções sobre a sustentabilidade vêm mostrar que o subsistema de saúde tem beneficiado dos resultados de uma "gestão prudente" e que esta prudência deve manter-se.

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Lusa
24/01/2024 19:05 ‧ 24/01/2024 por Lusa

Economia

ADSE

"Estes resultados colocam a ADSE numa situação confortável desde que a gestão continue a ser prudente", referiu Manuela Faria, salientando que os saldos positivos que o subsistema de saúde têm registado ao longo dos últimos anos, têm a sua razão de ser.

Manuela Faria falava a propósito da divulgação do primeiro relatório do estudo de sustentabilidade da ADSE que mostra que o subsistema de saúde entra em défice em 2031 ou 2054 (consoante a projeção tenha por base a taxa de evolução da despesa baseada na metodologia do FMI ou da OCDE, respetivamente), datas a partir das quais o valor das contribuições deixa de ser suficientes para fazer face às despesas.

Se as projeções tiverem em conta a utilização dos excedentes que a ADSE tem gerado, então aquele défice pode ser atrasado em 11 anos (tendo por base a abordagem do FMI) e 35 anos (considerando a abordagem da OCDE).

A responsável disse ainda que a evolução do envelhecimento dos beneficiários da ADSE e a evolução das tecnologias de saúde são situações "que em termos de gestão manda a prudência que sejam acauteladas", pelo menos existirem dados mais detalhados que permitam ver que caminhos é que podem ser apontados.

"Mas tranquiliza-nos o facto de esses caminhos, nenhum deles, aqui estar referido", disse, lembrando, no entanto, que há sempre fatores de intervenção que podem ser aplicados e que podem prolongar a sustentabilidade, como a entrada de beneficiários novos e mais jovens.

Questionada sobre se há necessidade de aumentar as contribuições (que são atualmente de 3,5%), Manuela Faria afirmou não ver "para já, necessidade disso".

A presidente da ADSE precisou ainda que os resultados do estudo mostram que os excedentes, ao contrário do que às vezes se diz, não são assim tão grandes, "e que rapidamente podem esfumar-se", e que têm razão de ser, pois constituem uma "almofada bastante grande" relativamente à sustentabilidade futura do subsistema de saúde.

Em 2022 a ADSE registou um excedente de 167,3 milhões de euros e o valor deverá ser semelhante em 2023.

Leia Também: Contribuições para ADSE deixam de cobrir despesas no início de 2030

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