Uma manifestação organizada por "movimentos de extrema-direita", agendada para o dia 3 de fevereiro, na zona do Martim Moniz, em Lisboa, está a gerar preocupação junto das autoridades.
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou na quarta-feira um voto de repúdio sobre esta ação de rua, condenando "toda e qualquer manifestação de carácter violento, racista ou xenófobo na cidade" e as forças de segurança, segundo o ministro da Administração Interna (MAI), "encontram-se a fazer uma avaliação".
Apesar da mesma ainda não ter sido proibida, avança o jornal Expresso, esta sexta-feira, que, na próxima semana haverá uma reunião "decisiva" sobre o assunto entre elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), dirigentes da autarquia e o MAI - e que em cima da mesa está essa possibilidade, uma vez que há receios que a "marcha anti-Islão" possa afetar a segurança da população local e até gerar algum tipo de violência, uma vez que são esperadas contramanifestações em locais próximos.
Recorde-se que já várias vozes se elevaram contra esta marcha, entre as quais Ana Catarina Mendes. A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares afirmou, na quinta-feira, que é "frontalmente contra" a manifestação que pretende protestar "contra a islamização da Europa".
"A ideia de uma manifestação contra a islamização, que é assim que está anunciada e a ser verdade que ela se vai realizar [segundo o] que está nas redes sociais, devo dizer sou frontalmente contra qualquer manifestação que incite ao ódio e à violência e, portanto, por maioria de razão sou contra essa manifestação", escreveu, acrescentando que "qualquer manifestação que incite o ódio não merece o meu acordo".
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