DGS quer uniformizar custos nos rastreios de cancro e financiamento

A Direção-Geral da Saúde defende a definição de critérios para uniformizar os custos dos exames associados aos rastreios do cancro e linhas de financiamento específicas para os programas de rastreio de base populacional.

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Lusa
02/02/2024 07:37 ‧ 02/02/2024 por Lusa

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Cancro

 

No conjunto de ações futuras definidas pelos especialistas que elaboraram o mais recente relatório de avaliação e monitorização dos rastreios oncológicos de base populacional (cancro de mama, colo do útero e cólon e reto), que é hoje apresentado, estão igualmente a uniformização dos custos das consultas de aferição, "devem ser semelhantes em todas as regiões".

O documento aponta ainda a necessidade de uniformizar os procedimentos da atividade dos rastreios em todas as regiões, através da concretização de normas a publicar este ano, assim como desenvolver programas de divulgação e informação à população para melhorar as taxas de adesão. Estes programas, defendem os especialistas, devem ser "específicos para cada programa de rastreio".

O relatório aponta uma melhoria nas taxas de cobertura nos vários rastreios, mas sublinha a redução da taxa de adesão, sobretudo no rastreio do cancro do cólon e reto (caiu de 51% em 2021 para 41% em 2022).

Para ajudar a aumentar a adesão da população aos rastreios, o documento indica também a possibilidade de fexibilizar/alargar os horários de rastreio.

A integração da informação sobre a atividade de rastreio do cancro da mama na Plataforma de Gestão dos Rastreios de Base Populacional e a criação de mecanismos de "monitorização e certificação periódica" da qualidade técnica dos laboratórios responsáveis pelos testes primários e das unidades que realizam os testes secundários integrados nos programas de rastreio é outro dos objetivos apontados.

Os responsáveis defendem ainda a criação de mecanismos de controlo e monitorização que garantam o cumprimento dos tempos clinicamente adequados para a terapêutica dos casos positivos identificados, assim como o controlo da prescrição de testes de rastreio oncológico oportunístico nas zonas totalmente cobertas por rastreios oncológicos de base populacional.

Finalmente, pretendem formalizar a inter-relação entre as plataformas eletrónicas de gestão dos rastreios e do RON, uma situação que já foi pontualmente conseguida num projeto no Norte do país com os dados de 2021 relativos aos rastreios do cancro do colon e reto.

Defendem também o desenvolvimento de uma ferramenta eletrónica para a publicação e consulta dos dados da atividade de rastreio, pela população, no site da Direção-Geral da Saúde.

Segundo o relatório, no final de 2022, atingiu-se a taxa de cobertura populacional mais elevada dos três programas de rastreio existentes (mama, colo do útero e cólon e reto), mas há problemas de baixa adesão em casos como o do rastreio do cancro do cólon e reto.

Leia Também: Mais de 400 cancros do intestino detetados na região Norte em 2021

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