Os votos de pesar apresentados por MPT e CDS-PP pela morte de Alexei Navalny foram aprovados por unanimidade pelos deputados da Assembleia Municipal de Lisboa, enquanto o voto do PSD sobre o falecimento do opositor russo foi aprovado por maioria, com a abstenção do PEV e do PCP.
"Líder da oposição russa, Alexei Navalny era advogado e uma voz insuperável da denúncia da corrupção e da ditadura de Vladimir Putin. [...] O regime russo foi obstinadamente duro e severo com Alexei Navalny, utilizando toda a força do seu aparelho repressivo legal e policial, para o desacreditar e quebrar", referiu o PSD, no voto de pesar.
Por seu lado, o MPT disse que "o sacrifício supremo deste corajoso ativista cumpriu-se, mas a sua morte não apagou os ideais da luta contra a ditadura, a opressão e a corrupção na Federação Russa onde, seguramente, as suas convicções sobreviverão ao seu desaparecimento físico".
O voto do CDS-PP realçou que Alexei Navalny "nunca desistiu do seu país" e representou "a coragem de lutar pela liberdade e pela democracia", ainda que isso significasse perigo, lembrando que o opositor russo foi proibido de se candidatar à presidência e foi "envenenado pelos serviços secretos russos".
Por unanimidade, os deputados aprovaram também votos de pesar de PSD e Chega pela morte do coordenador da associação Vizinhos de Arroios, Luís Castro, que morreu no sábado, aos 57 anos, bem como um voto do CDS-PP pela morte do antigo deputado do CDS-PP na Assembleia da República Luís Beiroco, em 06 de fevereiro, aos 84 anos.
Depois da votação de todos os votos de pesar, os deputados municipais cumpriram um minuto de silêncio.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu na sexta-feira, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos de prisão.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
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