A liderar a lista dos cinco temas com mais cobertura estão a JMJ, com 35.000 menções, seguido do conflito Israel-Palestina (24.000), indemnização da TAP (19.000), eleições antecipadas (10.000) e demissão do primeiro-ministro, António Costa (5.000).
Quanto às personalidades nacionais, António Costa surge em primeiro lugar, com 23.000 menções, seguido do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (15.000), do ex-ministro João Galamba (15.000), da ex-gestora da TAP Alexandra Reis (11.000) e do ex-ministro Pedro Nuno Santos (9.000).
Luís Montenegro (PSD) e André Ventura (Chega) "são os líderes da oposição com maior cobertura na imprensa, com uma ligeira vantagem para o líder do PSD", ambos com 4.000 menções, refere o estudo, abaixo de Fernando Medina (7.000).
José Luís Carneiro fica em oitavo lugar, com 3.000 menções, seguido do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (3.000), que "é o único autarca a entrar no 'top 10'", à frente de Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda (BE), com 2.000.
O estudo "baseia-se na utilização de tecnologia Carma e de dados recolhidos, através de meios automatizados", entre 01 de janeiro e 31 de dezembro de 2023.
"Foram contabilizados 118.043 artigos relativos aos principais acontecimentos ao longo de 2023, como também às personalidades com maior mediatismo, publicados em fontes 'online' e de imprensa portuguesas", lê-se no estudo.
Sendo que as JMJ foram o tema com cobertura mais mediática, no que respeita aos nomes internacionais com mais foco de cobertura o papa Francisco liderou este segmento, com 21.000 menções, seguido do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu (5.000), do presidente russo, Vladimir Putin (4.000), e do secretário-geral da ONU, António Guterres (3.000), e do presidente norte-americano, Joe Biden (2.000).
O estudo indica ainda que os dias com maior cobertura mediática na imprensa portuguesa foram o 03 de agosto (chegada do papa Francisco a Portugal) e na imprensa 'online' o 07 de novembro (demissão de António Costa).
Numa análise sobre os temas mais mediáticos por meses, constata-se que em 2023 "houve três temas que foram os mais mencionados": indemnização da TAP, JMJ e conflito Israel-Palestina.
Para Filipe Pereira, diretor-geral da Carma CPLP, é natural que a JMJ tenha estado em destaque nas notícias de imprensa e 'online' no ano passado, nomeadamente com os temas gerados à volta do tema como as infraestruturas criadas para o efeito e do seu impacto económico.
"Gerou num determinado momento à volta das JMJ um foco grande", além de que foi um momento "considerado único", acrescentou.
Já no caso do António Costa, deve-se ao "momento de demissão que gerou no país uma onda de informação" que acabou por resultar numa maior cobertura, salientou.
As cinco notícias com maior cobertura positiva foram a JMJ (71%), papa Francisco (70%), submarino Titan (54%), adesão da Finlândia à Nato (51%) e Marcelo Rebelo de Sousa (44%).
Já em termos de cobertura negativa, destaque para as notícias sobre Netayahu (60%), mandato de captura de Vladimir Putin (51%), conflito Israel-Palestina (50%), Vladimir Putin (43%) e Yevgeny Prigozhin (43%).
Em termos de índice de favoribilidade noticiosa dos políticos portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa (44%) liderou, seguido de António Costa (40%) e Pedro Nuno Santos (36%).
Em sentido contrário, João Galamba contou com 37% de cobertura negativa, seguido de Fernando Medina (32%).
Esta é "uma radiografia daquilo que foi a cobertura mediática em 2023", sintetizou Filipe Pereira.
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