A Guarda Nacional Republicana (GNR) deu, esta quarta-feira, cumprimento a sete mandados de busca em escritórios, dos quais resultou a apreensão de diversa documentação, em papel e em suporte digital. A ação decorreu no âmbito da Operação MIDAS sob direção da Procuradoria Europeia (European Public Prosecutor's Office - EPPO).
A Operação MIDAS, esclarece a GNR em comunicado, "visa colocar termo à atividade de uma rede organizada internacional que se dedica à obtenção de vantagens patrimoniais ilegítimas, através de um esquema fraudulento baseado em circuitos de faturação fictícios e simulação de negócio".
Esta tinha por finalidade concretizar a evasão e fraude ao IVA na comercialização de smartphones, pequenos equipamentos eletrónicos e máscaras de proteção facial. No decorrer das diligências realizadas no âmbito da investigação, a EPPO apurou que a organização criminosa logrou, por esta via, obter uma vantagem patrimonial ilegítima de pelo menos 195 milhões de euros.
Nesse seguimento foram realizadas diligências em 17 países europeus (Albânia, Áustria, Chipre, Croácia, República Checa, Estónia, Alemanha, Hungria, Itália, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Suécia e Reino Unido), sendo que em Portugal, foi dado cumprimento a sete mandados de busca em escritórios, que permitiram a apreensão de diversa documentação, em papel e em suporte digital.
Revela por fim a missiva que na operação foram empenhados 38 militares da UAF e dois militares da Repartição de Perícias Digitais Forenses da Direção de Investigação Criminal da GNR, contando ainda com a participação de elementos da EPPO e bem como de quatro elementos das Autoridades Policiais Alemãs.
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