"Foi impressionante o número de cidadãos russos que desafiaram a ditadura de Putin e marcaram presença no enterro de Alexei Navalny. A embaixadora de Portugal esteve presente, juntamente com quase todos os embaixadores europeus", escreveu Gomes Cravinho, na rede social X (ex-Twitter).
O ministro partilha a publicação, também na rede X, da embaixada de Portugal em Moscovo, em que se anunciou que a diplomata Madalena Fischer esteve com "os embaixadores de países da União Europeia e milhares de cidadãos russos que ontem [sexta-feira] depositaram flores na campa de Alexei Navalny, numa derradeira homenagem à memória do político russo".
A publicação é acompanhada por uma fotografia da campa de Navalny, com a imagem do opositor, falecido no dia 16 de fevereiro na prisão, e uma cruz, coberta de flores.
Foi impressionante o número de cidadãos russos que desafiaram a ditadura de Putin e marcaram presença no enterro de Alexei Navalny. A embaixadora de Portugal esteve presente, juntamente com quase todos os embaixadores europeus. https://t.co/7hnNLHiNNu
— João Cravinho (@JoaoCravinho) March 2, 2024
Milhares de pessoas desafiaram as autoridades russas e concentraram-se junto à igreja de Moscovo para assistir ao funeral do ativista Alexei Navalny, apesar dos avisos de que não serão permitidas manifestações ilegais.
Pelo menos 128 pessoas, incluindo dois menores, foram detidas na sexta-feira, na Rússia, em manifestações de homenagem, segundo o mais recente balanço da organização não-governamental (ONG) especializada OVD-Info.
Crítico declarado do regime do Presidente russo, Vladimir Putin, e carismático defensor da luta contra a corrupção, Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias ainda pouco claras.
Os serviços prisionais disseram que sofreu um colapso súbito após uma caminhada na colónia penal do Ártico onde cumpria uma pena de 19 anos por extremismo e a certidão de óbito menciona causa natural.
Os seus associados, a viúva Yulia Navalnaia e muitos líderes ocidentais acusam Putin de ser o responsável pela morte de Navalny.
A Presidência russa negou tais acusações.
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