"A CDU está a crescer e a alargar o apoio, que vem de todo o lado. O voto na CDU é um voto de futuro, um voto decisivo para que ninguém fique para trás. É preciso falar com todos", afirmou Paulo Raimundo, lembrando que o esforço de contactos dos militantes "vai ter de continuar até dia 10" de março: "Enquanto estamos neste comício estão centenas ou milhares de ativistas a esclarecer e cada um a ganhar o voto. A luta não vai acabar no próximo domingo".
Numa intervenção realizada no teatro Garcia de Resende, em Évora, onde assinalou o 103.º aniversário do PCP e contou com a companhia da candidata distrital Alma Rivera e do ex-secretário-geral do partido Jerónimo de Sousa, o líder comunista vincou o caráter distintivo do PCP, enumerando diferenças na postura relativamente a outras forças políticas.
"Não nos peçam para fechar os olhos às imposições da União Europeia e do euro. Não nos peçam para fingir que os problemas caíram do céu. Chegámos onde chegámos pela política de terra queimada de PSD e CDS e pela mão da maioria do PS", observou, continuando: "Não peçam à CDU para ser aquilo que não é. Não nos peçam para que sejamos iguais aos outros. Para aceitar as ordens de Bruxelas já temos partidos que sobram".
Paulo Raimundo apontou que o objetivo do PCP e da CDU passa por "fazer cumprir a Constituição e os valores de Abril", ao reiterar: "É para isso que a CDU faz falta".
O secretário-geral comunista frisou também no seu discurso, para uma sala cheia com mais de 300 pessoas presentes, a denúncia da "falsa bipolarização" entre a direita e o PS, acrescentando que na CDU "ninguém é levado ao engano".
"É dos trabalhadores que viemos e é com os trabalhadores que vamos continuar, com uma confiança inabalável no nosso povo. E é com este povo que vamos abrir os caminhos da vida melhor a que cada um tem direito. Como disse o camarada Jerónimo, ninguém decide pelo povo", sentenciou.
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