Duplo homicídio no Pico. Audiência suspensa antes de sentença ser lida

Arguido arrisca a pena máxima de 25 anos de prisão. Crime aconteceu em 2022.

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Notícias ao Minuto com Lusa
07/03/2024 14:04 ‧ 07/03/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Açores

A audiência do julgamento de Tomislav Jozic, que arrisca 25 anos de prisão pelo homicídio de dois homens, em setembro de 2022, na ilha do Pico, nos Açores, e da companheira - por dois crimes de profanação de cadáver e um de detenção de arma proibida -, foi suspensa antes da sentença ser lida, avança a SIC Notícias.

De acordo com este canal de televisão, a juíza que presidiu a esta sessão, no Tribunal de São Roque, no Pico, disse que houve uma alteração "não substancial dos factos" no decorrer das audiências e perante isso deu a possibilidade de defesa dos dois arguidos requererem um tempo para se debruçarem sobre essas alterações.

Já segundo a Lusa, que cita a defesa, em causa estava uma pena acessória que o coletivo de juízes pretendia aplicar ao arguido, de 61 anos, e à companheira, de 53, e que passava pela expulsão do país, após o cumprimento de pena de prisão, decisão contestada agora pelo advogado dos suspeitos.

O coletivo de juízes deu um dia para que o advogado de defesa possa "analisar e requerer provas relativas à alteração substantiva dos factos da pena acessória" e adiou a leitura da sentença para a próxima segunda-feira, dia 11 de março, pelas 14h30, no Tribunal de São Roque do Pico.

Recorde-se que o homem, de nacionalidade alemã e residente na ilha do Pico, é suspeito de, em setembro de 2022, ter matado dois amigos e queimado os corpos, quando estes visitavam uns terrenos em redor da sua casa, que alegadamente pretendiam comprar.

O detido, que inicialmente se declarou culpado, alterou depois o seu depoimento, que diz ter sido feito sob pressão das autoridades policiais, declarando-se agora inocente dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáveres e detenção de arma proibida.

A companheira está acusada de profanação de cadáveres e de posse de arma proibida.

A investigação teve início no dia 11 de setembro de 2022, "após a comunicação do desaparecimento de dois homens, com 74 e 65 anos de idade, ambos residentes na ilha do Pico".

"Foram recolhidos indícios de que os dois homens desaparecidos terão sido vítimas de crimes de homicídio, com subsequente ocultação dos cadáveres, recaindo as suspeitas sobre um indivíduo de nacionalidade estrangeira, residente nas imediações do local onde o veículo utilizado pelas vítimas se encontrava estacionado", avançou na altura a PJ.

Nas buscas domiciliárias à residência do suspeito "foram apreendidas duas armas de fogo legalizadas, para além de diversas armas em situação irregular, nomeadamente, um 'boxer' com lâmina acoplada, diversos punhais e um silenciador, compatível com arma de fogo", acrescentou a Judiciária.

Segundo a PJ, a investigação desenvolvida "permitiu alcançar relevantes elementos probatórios de que os crimes de homicídio foram praticados junto da propriedade do referido casal, com recurso a arma de fogo, com subsequente ocultação e destruição dos corpos através de carbonização".

A operação foi desenvolvida através do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da PJ, com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Marítima.

Leia Também: Armeira do filme 'Rust' condenada por homicídio involuntário

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