É esse o resultado do projeto que, com recurso a um investimento de 57.000 euros financiado a 100% pelo Fundo Ambiental, permitiu à câmara distribuir compostores de 330 litros pelas famílias que se dispuseram a eliminar lixo biodegradável nas suas próprias casas.
"Isso evitou que o aterro tivesse de tratar 81 toneladas de biorresíduos e também poupou mais de 5.000 euros ao sistema municipal de gestão de resíduos, que, de outra forma, teria que recolher e tratar esse lixo como indiferenciado", revela fonte oficial do município.
Na sua primeira experiência, o projeto abrangeu 200 famílias, mas deixou em lista de espera mais 97, que também se disponibilizaram para fazer compostagem nos seus jardins ou quintais se a autarquia lhes cedesse equipamento para o efeito.
É a esses agregados que a Câmara Municipal de Ovar quer chegar em 2024, para aumentar a eliminação doméstica de resíduos biodegradáveis -- na maioria dos casos resultantes de cascas de comida, borras de café, aparas de plantas e folhas secas sem pesticidas.
Para responder à lista de espera e chegar a novos interessados, serão distribuídos mais 300 compostores este ano, no que a autarquia conta gastar 16.500 euros.
"Há um interesse efetivo neste tipo de iniciativa e, para 2024, está prevista a continuidade do projeto, mas com uma novidade, que é ele passar a incluir as escolas", anunciou a fonte municipal, indicando que alguns estabelecimentos de ensino já estão a receber formação nesse sentido.
Essa estratégia visa cumprir as metas locais estabelecidas no âmbito do PERSU - Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU) e, segundo adianta a câmara, só no que se refere à eliminação doméstica de biorresíduos, o objetivo é que até 2030 o concelho reforce a sua rede de compostagem doméstica e escolar com mais 2.500 equipamentos.
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