Alerta nas próximas 72 horas: Chuva, vento e neve. Os conselhos a seguir

A Proteção Civil deixa alguns alertas para os próximos dias.

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© Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
25/03/2024 18:16 ‧ 25/03/2024 por Notícias ao Minuto

País

Meteorologia

Depois de um fim de semana com temperaturas de verão, as próximas 72 horas serão de chuva, vento, agitação marítima e queda de neve. 

Segundo a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se precipitação, por vezes forte e persistente, "que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada, a partir de quarta-feira, dia 27 de março", mas também vento por vezes forte nas terras altas e no litoral oeste com rajadas até 80km/h ao final da tarde do dia 25 de março.

Prevê-se ainda vento com rajadas de 100 km/h nas terras altas, em especial na Serra da Estrela, no dia 26 de março e vento predominando de sudoeste, com rajadas até 85km/h a partir da tarde do dia 27 de março, nas regiões Norte e Centro, podendo ser superiores a 90 km/h nas terras altas. 

Quanto à agitação marítima, esta será forte com ondas de noroeste na costa ocidental, agravando durante a tarde do dia 26 de março e atingindo 6 a 7 metros a norte do Cabo Carvoeiro. 

Nas terras altas, haverá ainda queda de neve, em especial do Norte e Centro, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros, podendo também ocorrer queda de neve nas serras de São Mamede e de Monchique na madrugada e manhã do dia 26 de março.

Atendendo à alteração das condições meteorológicas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil revela ser expectável:

  • "Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
  • Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
  • Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
  • Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
  • Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
  • Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima".

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recorda ainda, em comunicado, que o impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados.

Eis os conselhos: 

  • "Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas do degelo;
  • Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  •  Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
    • Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
    • Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
    • Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
    • Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a existência de postos de carregamento no seu itinerário;
    • Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
    • Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
  • Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
  • Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
  • Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança".

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