O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deduziu acusação contra o homem que, a 28 de março do ano passado, matou duas mulheres no Centro Ismaili, em Lisboa.
O homem, de nacionalidade afegã, está assim acusado de dois crimes de homicídio agravado, seis crimes de homicídio agravado na forma tentada, dois crimes de resistência e coação sobre funcionário e um crime de detenção de arma proibida.
Segundo esclarece o DCIAP em comunicado, "o arguido padecia, à altura dos factos e, ainda, padece de anomalia psíquica, desde logo um quadro psiquiátrico de esquizofrenia e de uma perturbação da personalidade mista, designadamente perturbação de personalidade narcisista e perturbação de personalidade antissocial", pelo que foi requerida a declaração da inimputabilidade.
Para o DCIAP, existe uma elevada probabilidade de o arguido vir a praticar outros crimes da mesma natureza, "pelo que o DCIAP requereu, também, a aplicação judicial de medida de segurança de internamento".
O inquérito foi dirigido pelo DCIAP, com a coadjuvação da Polícia Judiciária – Unidade de Contra Terrorismo. O arguido, note-se, encontra-se sujeito à medida de coação de internamento preventivo em hospital psiquiátrico.
Abdul Bashir, de 27 anos, estava em Portugal há cerca de um ano com os três filhos menores - de 9, 7 e 4 anos - quando cometeu o crime.
Matou duas mulheres no Centro Ismaili à facada, Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49, ambas de nacionalidade portuguesa.
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