"Tivemos um aumento ao nível da sinistralidade na ordem dos 17%, mais 516 acidentes [face a 2022], e também mais 215 vítimas", explicou o comissário João Góis, adiantando que no total foram sinalizadas 1.229 vítimas, entre feridos ligeiros (1.121), feridos graves (95) e mortos (13).
O responsável falava na apresentação do balanço da sinistralidade rodoviária 2023 na Região Autónoma da Madeira, no Funchal, uma iniciativa conjunta do Comando Regional da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Direção Regional dos Transportes e Mobilidade Terrestre.
Os acidentes contabilizados até 31 de dezembro de 2023 foram, na maioria, despistes (75%), seguido de colisões (20%) e atropelamentos (5%) e envolveram, sobretudo, automóveis ligeiros (823) e motociclos (307).
"As causas e a gravidade dos acidentes estão sobretudo relacionadas com os despistes, que estão sempre associados ao excesso de velocidade ou à distração [em particular devido ao uso do telemóvel]", explicou João Góis, adiantando que o consumo de álcool é outro fator determinante na sinistralidade rodoviária na Região Autónoma da Madeira.
Segundo o responsável, em 2023 houve um aumento de 35% do número de feridos graves face ao ano anterior (+25), sendo que em 30% dos casos os condutores estavam alcoolizados, com uma taxa média de 1,62 g/l.
Já em relação às 13 vítimas mortais, menos duas do que em 2022, a PSP refere que quatro eram condutores de motociclos (três foram de despistes e um foi embatido por uma viatura) e quatro eram peões que foram atropelados fora da passadeira.
"Estamos com uma média de 5,1 mortos por 100 mil habitantes, um pouco acima de média europeia, que é 4,6, mas abaixo da média nacional que é 6,0", disse o comissário João Góis.
O maior número de acidentes (1.540) ocorreu no concelho do Funchal, o mais populoso do arquipélago, ao passo que no município do Porto Moniz, no norte da ilha da Madeira, registou a menor quantidade de ocorrências (63).
Em 2023, A PSP efetuou 927 ações de fiscalização em todo o território da Região Autónoma da Madeira, envolvendo 55.982 viaturas e a realização de 16.588 testes de alcoolemia, sendo que 9% dos condutores apresentavam níveis acima do legalmente permitido.
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