"Os mais de 1.200 utentes inscritos no polo de Assentiz vão voltar a ter assegurados cuidados médicos, diretamente contratualizados pela ULS Médio Tejo, ficando assim assegurados cuidados de saúde de proximidade, um dos pilares da missão da instituição", indicou a ULS, em nota informativa.
A contratação do médico, que estará ao serviço da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Torres Novas -- Polo de Assentiz, a partir de terça-feira, "vai beneficiar os utentes que nos últimos meses estiveram privados desta resposta", lê-se na nota.
O clínico irá prestar um reforço assistencial de oito horas semanais, estando alocado às "consultas do dia" e de reforço, que não necessitam de marcação prévia, e que "atendem, maioritariamente, situações de doença aguda ou de doença crónica".
Já a equipa clínica da sede da UCSP de Torres Novas "será reforçada semanalmente com mais uma médica", ao abrigo do modelo "Bata Branca" -- uma parceria tripartida entre a ULS Médio Tejo, a Santa Casa da Misericórdia de Torres Novas e o município de Torres Novas, é também indicado na nota.
"Este reforço pretende, assim, proporcionar à população do concelho de Torres Novas um maior e mais eficiente acesso aos cuidados de saúde primários, nomeadamente nos casos prioritários que requerem rápida referenciação para cuidados mais diferenciados, exames complementares, ou prescrição de medicação", destacou a ULS.
A instituição já tinha anunciado o reforço dos cuidados de saúde primários na freguesia de Mouriscas, em Abrantes, a partir de abril, igualmente em parceria com o setor social.
"Com o reforço de mais dois novos médicos, agora para o concelho de Torres Novas, estamos a fortalecer a oferta de cuidados de saúde primários da ULS Médio Tejo. Esse é o foco. Estes médicos são profissionais experientes e dedicados, que garantidamente irão contribuir para uma melhoria da saúde da nossa comunidade", referiu Flávio Ribeiro, diretor clínico para os Cuidados de Saúde Primários da ULS, citado na nota informativa.
Em declarações à Lusa, o presidente do Conselho de Administração, Casimiro Ramos salientou que a "captação de médicos de família para os quadros" da ULS Médio Tejo "mantém-se como prioridade estratégica da instituição", sendo o "Bata Branca" um modelo de recurso.
"O que podemos é dizer que o nosso trabalho irá ser na continuidade de encontrar respostas, nomeadamente quando as situações são mais críticas, [...] daí que [...] estamos abertos a este modelo, embora não seja um modelo estratégico", acrescentou Casimiro Ramos.
Segundo o gestor, este "é um modelo de recurso" e, "estrategicamente", a aposta é "ter profissionais no quadro, estabilizados e com o horário completo" na ULS.
"Mas, na possibilidade de existirem outros profissionais que estão disponíveis para dar esta colaboração, estamos disponíveis para isso, desde que se cumpram um conjunto de critérios que achamos essenciais: qualidade do serviço prestado, disponibilidade dos profissionais e equidade no funcionamento do sistema", disse.
Segundo indicou a ULS Médio Tejo, existem atualmente cerca de 51 mil utentes sem médico de família atribuído na sua área geográfica de intervenção, sendo os concelhos mais afetados, em termos de número absoluto de utentes, os de Abrantes e Alcanena.
Ainda de acordo com a ULS Médio Tejo, "em termos relativos, da percentagem de utentes sem médico de família, destacam-se Sardoal e Alcanena, com mais de metade dos utentes afetados".
A ULS Médio Tejo dá resposta direta a cerca de 169.274 utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei.
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