PJ faz buscas na Câmara de Cascais devido a fábrica de máscaras Covid
A Polícia Judiciária indicou que as buscas têm como objetivo a "recolha de informação". Em causa, está a primeira fábrica de máscaras cirúrgicas, em Cascais.
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País Cascais
A Câmara de Cascais está a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ). A informação foi avançada pela Sábado e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto de fonte da autarquia.
A mesma fonte referiu ainda que as buscas estão relacionadas com a criação, durante a pandemia, da primeira fábrica de máscaras cirúrgicas, em Cascais, responsável, na altura, pela entrega gratuita dos equipamentos de proteção aos cidadãos.
A Polícia Judiciária confirmou também ao Notícias ao Minuto que as buscas que estão a ser levadas a cabo nesta autarquia têm como objetivo a "recolha de informação".
Não foi possível apurar quais são as suspeitas em causa, nem quem são os visados desta operação. Não há, também, informação sobre arguidos.
No entanto, de acordo com a SIC Notícias e o Expresso, o projeto, que requereu um investimento inicial de 800 mil euros para a aquisição de duas máquinas importadas da China, foi negociado pelo então vice-presidente da câmara, Miguel Pinto Luz, que é agora ministro das Infraestruturas e da Habitação. O responsável foi vice-presidente da autarquia entre 2011 e janeiro deste ano, altura em que suspendeu o mandato para se candidatar às eleições legislativas.
A Câmara garante, contudo, que está a colaborar com as investigações da Polícia Judiciária.
A Câmara Municipal de Cascais, no distrito de Lisboa, lançou em junho de 2020 a produção própria de máscaras destinadas à população.
Na altura, Carlos Carreiras, o autarca local, afirmou que o objetivo era colocar à disposição do concelho cerca de cinco milhões de máscaras por mês. "Estamos focados em termos máscaras suficientes e testes para todos", afirmava.
A autarquia disponibilizou 400 dispensadores com máscaras pelo concelho e distribuiu gratuitamente aos utilizadores de transportes públicos, onde este equipamento era de uso obrigatório na sequência das medidas de prevenção da Covid-19.
[Notícia atualizada às 12h15]
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