Mais 3 mil km de autoestradas e menos mil de linhas de comboio em 50 anos

O país ganhou mais de 3.000 quilómetros (km) de autoestradas desde 1974, perdeu mais de 1.000 km de linhas ferroviárias e o transporte aéreo e o turismo aumentaram substancialmente, segundo uma análise da Pordata, hoje divulgada.

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Lusa
24/04/2024 08:06 ‧ 24/04/2024 por Lusa

País

25 de Abril

"Nestes 50 anos, com a adesão à União Europeia, a modernização do país, em termos de transporte, passou por uma aposta nas infraestruturas rodoviárias: a partir de 1997, acelera-se o crescimento da rede de autoestrada e, atualmente, há mais km de autoestradas do que caminhos de ferro", concluiu a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, no retrato do país intitulado "50 anos de Democracia em números" e publicado na véspera do 50.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974.

No trabalho da autoria de Ricardo Garcia e Ana Serra, a Pordata ilustra as mudanças ocorridas no país, especialmente em termos de demografia, perfil da população em geral e das famílias em particular, modernização nos transportes, no acesso à saúde e educação, no mundo do trabalho e proteção social, ou nas condições de vida dos portugueses.

No que diz respeito aos transportes, a análise destaca que, em 1974, havia 66 km de autoestradas e, em 2022, o país contava com 3.115 km.

Já na ferrovia, no ano da Revolução dos Cravos havia mais de 3.563 km de linhas de caminho de ferro em atividade.

Em meio século, 29% das linhas ferroviárias foram desativadas, sobretudo no interior de Portugal continental, passando para um total de 2.527 km em 2022.

Por sua vez, o transporte aéreo teve um aumento substancial, tendo sido efetuadas, em 1974, 36.000 aterragens, com 4,6 milhões de passageiros, nos aeroportos portugueses.

Em 2022, aqueles valores ascendiam a 218.000 aterragens e a 56,8 milhões de passageiros, uma subida que se deve também ao aumento da procura turística.

Entre 1974 e 2022, o registo do número de dormidas de turistas em Portugal cresceu de 9,4 milhões para 69,7 milhões, apontou a Pordata.

Leia Também: 25 de Abril. O êxito da democratização da educação

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