No Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, que se celebra a 17 de maio, a autarquia vai ainda hastear a bandeira LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexo) num mastro colocado na praça em frente ao edifício, tal como sucedeu o ano passado, referiu o independente Rui Moreira.
O autarca contou ainda ter autorizado a realização das marchas do Orgulho LGBTI+ no Largo Amor de Perdição, no centro da cidade, e nos jardins do Parque da Pasteleira.
A Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto é uma manifestação de comemoração e luta pela igualdade da comunidade LGBTI, realizada no Porto desde 2006.
Este assunto surgiu por iniciativa da deputada do BE, Maria Manuel Rola, que pediu, pelo terceiro ano consecutivo, que a Câmara Municipal do Porto hasteasse no edifício principal a bandeira LGBTI para "demonstrar o seu compromisso com esta luta".
"O Porto não pode passar ao lado deste dia", frisou a bloquista.
Rui Moreira, que recusou esta proposta do BE, salientou que se hastear a bandeira LGBTI resolvesse o problema, mandava pintar o edifício da câmara de arco-íris.
O problema é que não resolve, frisou, considerando que isso é "pura e absoluta demagogia".
"Já tentei explicar isto ao BE e vou explicar outra vez: hastear a bandeira no edifício da câmara em qualquer caso seria impossível, a câmara não tem nenhum mastro ali fora", insistiu.
Rui Moreira frisou que vai ser hasteada a bandeira na praça em frente ao edifício, local onde até tem mais visibilidade.
Já quanto a decretar o município como cidade livre de violência LGBTQIA+, tal como reivindicou o BE, o autarca foi perentório em dizer que "estas coisas, infelizmente, não se decretam".
Já o deputado do PSD, Alberto Machado, acusou o BE de ver o mundo a "preto e branco", dizendo ter crescido a aprender: "somos todos diferentes e todos iguais".
A deputada do PS Rosário Gamboa frisou que o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia faz uma coisa muito importante que é dizer que existe este problema.
Também a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, lembrou que continua a haver um conjunto de discriminações a algumas pessoas, sendo o dia importante para chamar a atenção para isso.
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