Irmãs Hospitaleiras acolhem 27 pacientes do hospital de Ponta Delgada

As Irmãs Hospitaleiras acolheram 27 pacientes do hospital de Ponta Delgada, parcialmente destruído no sábado por um incêndio, informou hoje a instituição que gere a Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição, na cidade da ilha açoriana de São Miguel.

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© Reprodução/ Irmãs Hospitaleiras

Lusa
06/05/2024 19:56 ‧ 06/05/2024 por Lusa

País

Incêndio

Numa nota, a Irmãs Hospitaleiras revelaram que, "na sequência do incêndio que destruiu parte do Hospital do Divino Espírito Santo", em Ponta Delgada, "disponibilizou 27 camas para acolher doentes" da unidade.

"Os 27 pacientes vindos do hospital já foram acolhidos nas Irmãs Hospitaleiras Ponta Delgada/Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição e aí permanecerão pelo tempo necessário", adiantou a instituição.

A Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição é uma unidade de saúde hospitaleira que presta "cuidados especializados em psiquiatria e saúde mental, demências e deficiência intelectual, com respostas especializadas em ambulatório e internamento", lê-se na nota.

As Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus são uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) na área da saúde, prestando cuidados especializados também nos domínios da reabilitação global e lesão cerebral, comportamentos aditivos e dependências, reabilitação psicossocial e física e cuidados paliativos.

A instituição desenvolve a sua ação em 12 Unidades de Saúde Hospitaleiras, das quais oito no continente e quatro nas regiões autónomas.

Um incêndio, que deflagrou no hospital de Ponta Delgada pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16:11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

Alguns doentes foram deslocados do Hospital do Divino Espírito Santo para a Madeira, sendo acolhidos no Hospital Dr. Nélio Mendonça e no Regimento de Guarnição (RG) N.º 3, no Funchal, encontrando-se todos "estáveis", segundo disse hoje o diretor clínico da unidade hospitalar, Júlio Nóbrega.

Os 55 doentes transferidos dos Açores (menos do que o número inicialmente previsto, superior a seis dezenas) chegaram cerca das "02:30 ao aeroporto e foram transportados à unidade hospitalar e à zona militar RG3", explicou.

O responsável lembrou também que no domingo já tinham chegado à região madeirense três doentes: duas grávidas de risco que estão internadas na Obstetrícia, e um paciente que se encontrava em cuidados intensivos, estando agora no mesmo serviço no Dr. Nélio Mendonça.

No domingo, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública devido ao incêndio no hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, disse que a unidade de saúde já foi alvo de duas vistorias, mas ainda não há previsão para retomar o normal funcionamento do equipamento.

Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240, segundo a titular da pasta da Saúde nos Açores.

Os doentes mais críticos e graves foram transferidos para o hospital da CUF, na Lagoa, e os restantes para centros de saúde.

Além do Hospital do Divino Espírito Santo, existem nos Açores dois hospitais, nas ilhas Terceira (em Angra do Heroísmo) e Faial (na Horta), para os quais foram transferidos mais de 50 doentes.

Entretanto, o presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, anunciou hoje que as Forças Armadas vão instalar um hospital de campanha no espaço do hospital de Ponta Delgada.

"Tive oportunidade de falar com o senhor ministro da Defesa Nacional que tomou a iniciativa de me contactar para disponibilizar, da parte das Forças Armadas, um hospital de campanha que possa ser aqui já instalado para dar a resposta possível nas próprias instalações deste hospital", afirmou.

José Manuel Bolieiro falava após uma visita que fez, juntamente com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, ao Hospital do Divino Espírito Santo.

Ainda segundo o líder do executivo açoriano, o incêndio afetou sobretudo "o funcionamento seguro que o hospital deve ter para tratar os seus doentes".

"É preciso fazer ver que isto está mais grave do que aparenta face à zona sinistrada, porque toda a capacidade de garantir segurança máxima está afetada. E isso vai demorar muito tempo [a reparar] e nós não fazemos nada em precipitação", salientou.

Leia Também: Ministério da Defesa disponibiliza hospital de campanha em Ponta Delgada

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