No Relatório sobre Migrações Mundiais 2024, a estrutura das Nações Unidades abordou as tendências globais migratórias e salientou que "os estereótipos da hipersexualidade das mulheres nos países de destino também afetaram as mulheres migrantes, como as venezuelanas no Peru e as brasileiras em Portugal, estigmatizando-as como prostitutas e levando a riscos acrescidos de sofrerem assédio sexual e violência de género".
Num relatório que inclui a quase totalidade dos países do mundo, a OIM recordou também o impacto que a pandemia da Covid-19 trouxe ao processo migratório.
A pandemia "levou a que alguns países tomassem medidas excecionais para responder às necessidades acrescidas dos migrantes em situação irregular", pode ler-se no relatório, que destaca o caso português.
"No início de 2020, Portugal atuou rapidamente, regularizando temporariamente o estatuto de todos os migrantes", referem os autores, salientando que a Itália seguiu o exemplo português, com "uma regularização específica para os trabalhadores migrantes em sectores-chave da economia".
No relatório publicado, a OIM desataca que Portugal estava entre os 20 países com maior número relativo de emigrantes em 1995, um valor que baixou em 2020, de acordo com a contabilidade das autoridades.
No que respeita ao tipo de emigração, a Itália e Portugal são os dois países europeus que têm mais homens emigrantes que mulheres, segundo a OIM.
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