Fonte oficial da PSP adiantou esta noite à agência Lusa que da operação Bilhete Dourado resultou na "apreensão de cerca de quatro mil bilhetes de vários jogos do FC Porto, 44.510 euros em numerário, uma tocha, diversa documentação relacionada com a venda e distribuição ilegal de bilhetes, diversos equipamentos informáticos e telefónicos, várias máquinas fotográficas com conjuntos de objetivas e 323 cartões de sócio do Grupo Organizado de Adeptos Super Dragões".
Foram ainda constituídos arguidos 13 pessoas no âmbito da operação Bilhete Dourado que a PSP encetou hoje pelas 07h00 com a Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, a desencadear uma operação de "grande envergadura nos concelhos do Porto, de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos".
As diligências foram ordenadas pelas entidades competentes - Ministério Público e Juiz de Instrução Criminal - e foram executadas com o apoio operacional de várias valências da PSP, inclusivamente da sua Unidade Especial de Polícia (UEP).
Esta operação teve origem em certidão extraída do inquérito que levou à operação Pretoriano, e que visou a execução de 14 mandados de busca domiciliária e quatro mandados de busca não domiciliária.
Em causa está a suspeita de um esquema criminoso, relacionado com a distribuição e venda da bilhética associada ao FC Porto, envolvendo funcionários do clube e de vários elementos que integram uma das suas claques.
Foi recolhida prova da suspeita de crimes de distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares e distribuição e venda irregulares de títulos de ingresso previstos na lei.
O Ministério Público suspeita de "conluio" entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no 'mercado negro', levando às buscas hoje realizadas.
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