Casa Qui abre terceiro apartamento para jovens LGBTI em risco ou perigo

A Casa Qui, de defesa e apoio de jovens LGBTI, abriu o terceiro apartamento de autonomização, para situações de risco ou perigo, com capacidade para quatro pessoas, anunciou hoje a associação.

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Lusa
17/05/2024 18:27 ‧ 17/05/2024 por Lusa

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LGBTI

A associação informa que o apartamento ficou operacional na semana em que se assinala o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, hoje, 17 de maio, e que se trata do terceiro apartamento no âmbito da ReAJo - Resposta de Autonomização para Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexo (LGBTI).

"Cada apartamento tem quatro vagas, resultando na oferta atual de 12 vagas no total dos três apartamentos. A resposta conta com a uma equipa afeta à mesma e constituída por uma coordenadora, uma educadora social, uma psicóloga comunitária e uma auxiliar de ação direta", adianta a associação.

A esses profissionais soma-se o apoio de uma técnica multidisciplinar e especializada do Gabinete de Apoio à Vítima para Juventude LGBTI+ da Casa Qui e parcerias estratégicas "de forma a atuar em situações de emergência/crise e em situações que possibilitem construir com a pessoa jovem um projeto de autonomia de vida".

De acordo com a associação, este apartamento tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e do Instituto da Segurança Social e está destinado para jovens com idades entre os 24 e os 30 anos, ao contrário "dos primeiros dois apartamentos que acolhem jovens entre os 16 e 17 anos, após processo de emancipação, ou jovens dos 18 aos 23 anos".

"Esta configuração surge após identificação, em parte justificada pela atual conjuntura em Portugal, de muitas situações de pessoas com mais de 24 anos ainda em coabitação e em situação de dependência das suas famílias de origem, vítimas de violência doméstica por motivo de homofobia, bifobia, transfobia ou interfobia", explica a Casa Qui.

A associação adianta que a ReAJo "surgiu como um espaço seguro, para ajudar a colmatar situações de risco ou perigo".

"Por exemplo, jovens em situação de expulsão de casa após revelarem a sua orientação sexual, identidade de género ou expressão de género ou que se encontrem em situação de violência doméstica familiar por motivo de uma daquelas características", refere.

Acrescenta que o primeiro apartamento começou a funcionar em dezembro de 2019, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, o segundo em novembro de 2023, no âmbito de um protocolo com o Instituto da Segurança Social.

Leia Também: Países querem próxima Comissão Europeia mais atenta a direitos LGBTQIA+

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