Estudantes do movimento 'Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil' barricaram-se, na manhã deste sábado, no interior de um dos edifícios da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa para reivindicar um "cessar-fogo imediato e o fim ao fóssil até 2030".
Num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o grupo avança que "esta ação surge no contexto de um levantamento estudantil que teve início nos Estados Unidos e que se espalhou para o resto do mundo".
"Várias escolas estão já ocupadas com o mote 'End Fossil, End Genocide'. Este movimento estudantil reivindica ao Governo a defesa de um cessar-fogo imediato e incondicional e um plano que ponha fim ao uso de combustíveis fósseis até 2030 em Portugal", pode ler-se.
"Somos um movimento estudantil que, assim como muitos no passado, luta contra um sistema que está a falhar. No passado, movimentos estudantis reivindicaram o seu futuro e um fim ao colonialismo. Estamos a fazer o mesmo", afirma Beatriz Xavier, porta-voz da ação. "Fazemo-lo nas nossas escolas por serem, também historicamente, os espaços de luta do movimento estudantil e porque nos dizem que é aqui que nos devemos preparar para o futuro. Também é isso que estamos a fazer", acrescenta.
Os estudantes abriram também uma faixa onde se lê "Deixa-te de fitas, Queima o Imperialismo", fazendo alusão à cerimónia da queima das fitas que se realiza hoje na mesma faculdade e ao que acontece ao mesmo tempo, na faixa de Gaza.
Note-se que cerca de 20 estudantes do movimento Fim ao Fóssil ocuparam, na manhã desta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo obrigado à intervenção da Guarda Nacional Republicana (GNR).
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