Ativistas climáticos barricados há dois dias na FCSH em Lisboa

Estudantes encontram-se há mais de 48h no interior de um dos edifícios da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa para reivindicar um cessar-fogo imediato e o fim ao fóssil até 2030.

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© Greve Climática Lisboa

Notícias ao Minuto
20/05/2024 09:48 ‧ 20/05/2024 por Notícias ao Minuto

País

ativistas climaticos

Vários estudantes do movimento 'Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil' permanecem num dos edifícios principais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, em Lisboa, depois se de terem barricado no seu interior na madrugada de sábado.

Segundo comunicado a que o Notícias ao Minuto tece acesso, esta ação surge no contexto de um levantamento estudantil de ocupação e bloqueio de escolas que se espalhou por todo o mundo. "O movimento estudantil reivindica ao Governo a defesa de um cessar-fogo imediato e incondicional e um plano que ponha fim ao uso de combustíveis fósseis até 2030 em Portugal", pode ler-se.

"Vamos permanecer na Faculdade até deixar de ser possível ignorar o que estamos a dizer. Não estamos aqui porque queremos, estamos porque o mundo que vemos e o nosso futuro assim o exigem", refere Joana Fraga, uma das estudantes dentro do edifício. 

"Estudantes são agentes de mudança e as escolas são os nossos espaços. Temos toda a legitimidade para estar aqui. Vamos transformar este edifício num espaço realmente nosso, de discussão, de aprendizagem e de organização. Vamos finalmente trazer para as salas de aula os assuntos urgentes que vemos todos os dias serem invisibilizados.", acrescenta. 

Sobre o comunicado enviado pela direção da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que considerou que o bloqueio ultrapassou "uma manifestação pacífica" e afirmou estar preocupada com o evoluir dos protestos dos estudantes, estes dizem-se "perplexos".

"Menciona coisas que nem fazem sentido, como termos arrombado portas para o telhado que nem sequer existem, ou afirmar que o nosso protesto "deixou de ser pacífico" apenas por se ter tornado mais disruptivo, o que demonstra uma falta de noção histórica e atual sobre o significado e objetivos de um protesto" refere Matilde.

"Fica também clara a posição da direção, pois se realmente percebesse estas crises como afirma, não impediria ou criticaria este tipo de protesto. Objetar a uma manifestação pacífica minimamente disruptiva quando o que está em causa são milhões de vidas, um genocídio em curso e o futuro de todos os seus estudantes é ignorar a gravidade da situação".

Nas redes sociais da Greve Climática Lisboa, o grupo até já solicitou que alguém lhes levasse refeições. 

Leia Também: Ativistas climáticos ocuparam a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

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