Recuperação do tempo de serviço docente é "primeiro passo" na valorização
O ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI) escreveu aos professores após chegar a acordo com sete sindicatos para a recuperação do tempo de serviço e assegurou que a medida representa o primeiro passo num caminho longo de valorização.
© Lusa
País Fernando Alexandre
Numa carta dirigida aos professores, a que a Lusa teve acesso, o ministro Fernando Alexandre escreve que, desde o primeiro dia no cargo, "ficou claro que a reposição do tempo de serviço congelado seria um primeiro passo indispensável rumo a uma vida nova".
"O caminho é longo e sei-o bem. Começamos agora. Acredito que este primeiro passo contribuirá para um ambiente escolar mais pacífico e desejo que possamos olhar com reforçado otimismo para o futuro", lê-se.
A carta foi enviada depois de, na terça-feira, o Governo ter alcançado um acordo com sete das 12 organizações sindicais representativas dos professores para a recuperação do tempo de serviço congelado durante a intervenção da 'Troika'.
A devolução dos seis anos, seis meses e 23 dias -- há muito uma das principais reivindicações dos docentes -- era essencial para valorizar a classe docente, defende o governante, que sublinha que "Portugal não pode aceitar que os seus professores se sintam desvalorizados e desmotivados, em vez de reconhecidos pela sociedade".
"Temos de valorizar os professores, temos de melhorar as suas condições de trabalho e temos de promover o seu justo reconhecimento social", acrescenta.
Dirigindo-se diretamente aos profissionais, Fernando Alexandre diz contar com os professores para "em breve dar novos passos neste caminho da educação".
O acordo para a recuperação do tempo de serviço foi assinado pela Federação Nacional da Educação (FNE), pela Federação Nacional do Ensino e Investigação (Fenei), pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), pela Federação Portuguesa dos Profissionais de Educação, Ensino, Cultura e Investigação (Fepeci), pelo Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu), pelo Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL) e pelo Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (Sippeb).
De fora, ficaram a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), a Pró-Ordem, o Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU) e a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), que vão agora avaliar a possibilidade de pedir que seja aberto um processo de negociação suplementar.
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