O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, destacou, esta quarta-feira, que o programa de emergência para a Saúde, aprovado em Conselho de Ministros, mostrou que o Governo tem o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como "principal prioridade".
"Percebemos que o Governo apontou o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a saúde dos portugueses, como a sua principal prioridade", começou por referir em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
O responsável acrescentou que "os principais problemas do SNS foram elencados e foram apresentadas soluções", sendo que "muitas das soluções estão conectadas com aquilo que é a valorização dos profissionais de saúde".
"Sabemos que um dos principais problemas do SNS é a retenção, a captação, de médicos que são necessários", frisou, destacando que a problemática "foi destacada" durante a conferência de imprensa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Sobre a Medicina Geral e Familiar e os Serviços de Urgência, Carlos Cortes afirmou que a Ordem dos Médicos irá "esperar para saber exatamente quais são" as medidas concretas do Governo.
O bastonário destacou ainda o facto de o Governo apresentar o programa de "forma transparente e de forma pública". "Todas estas medidas vão poder ser acompanhadas, vão poder ser monitorizadas, para percebemos se são só promessas ou se há uma vontade de execução", afirmou.
O primeiro-ministro anunciou que o programa de emergência para a saúde pretende esgotar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao limite, mas conta também com os setores social e privado de forma complementar.
"Este plano de emergência e transformação na saúde vai esgotar, até ao limite do que é possível, a capacidade do Estado, seja no aproveitamento dos recursos humanos, seja no aproveitamento de todas as unidades de saúde", afirmou Luís Montenegro na apresentação das medidas para o setor aprovadas hoje em Conselho de Ministros.
Em conferência de imprensa, o chefe do executivo assegurou que o "Governo não faz da gestão da área da saúde uma questão ideológica", salientando que, quando a capacidade do SNS se esgotar, os "cidadãos não podem ficar privados do acesso aos cuidados de saúde que precisam e merecem"
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