A Polícia Judiciária (PJ) deteve, recentemente, em Lisboa, o homicida de um jovem assassinado em 1998, no Algarve. Apesar do crime ter ocorrido há mais de duas décadas, os inspetores tiveram sempre esperança de colocar o autor atrás das grades, o que veio a acontecer agora.
O crime remonta a fevereiro de 1998 e foi praticado na localidade de São Brás de Alportel, no Algarve.
O corpo da vítima, Jorge Nascimento, de 28 anos, foi abandonado na zona de Castro Marim e a sua viatura em Espanha, numa tentativa de simular, segundo a TVI, um crime de carjacking, quando na verdade se tratava de um homicídio cometido por "questões passionais".
Jorge terá sido abordado e manietado por três homens que, atuando a mando do agora detido, o levaram para um local ermo onde foi assassinado com dois tiros na cabeça.
Após anos de caminhos sem saída, devido às provas manipuladas pelos suspeitos, em 2011, 13 anos depois do homicídio, revela a TVI, uma jovem contou a uma amiga que o namorado lhe tinha confidenciado que tinha participado num homicídio.
A amiga com quem a jovem tinha partilhado a informação tinha uma relação com um inspetor da PJ, que fez chegar todos os dados à equipa de homicídios. A partir daí foi um desenrolar de provas que permitiu deter três suspeitos.
Na altura, ficaram em liberdade a aguardar julgamento. Seis anos depois, em 2017, dois dos suspeitos são ilibados e apenas um, o alegado mandante do crime e agora detido, foi condenado a 18 anos de prisão.
O homem recorreu sempre das decisões do tribunal e manteve-se em liberdade. Conseguiu reduzir a pena para 14 anos de prisão, mas neste espaço desapareceu sem deixar rasto.
A PJ nunca desistiu do caso e, 26 anos depois do homicídio de Jorge Nascimento, conseguiu finalmente capturar o assassino, em Lisboa. O homem vai agora cumprir pena de prisão no Estabelecimento Prisional de Faro.
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