Durante uma arruada no centro de Setúbal, na qual esteve acompanhado pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, João Oliveira foi questionado sobre como é que vê a polémica entre o PS e o Governo relativamente à contratação de uma consultora privada para a elaboração do plano de emergência para a saúde anunciado na semana passada.
"Eu espero que os portugueses percebam que enredar a campanha eleitoral em questões como essas contribui para desviar aquilo que é essencial e central, nomeadamente as questões dos salários, das reformas, da saúde e da habitação", respondeu João Oliveira.
O candidato disse esperar que as pessoas não se deixem "desviar daquilo que é efetivamente central" e encontrem na CDU "não só a força que aponta uma política que lhes serve, mas que também faz a diferença na campanha eleitoral", tratando "daquilo que verdadeiramente interessa, e não fazendo da campanha uma época de piropos ou acusações estéreis".
Já interrogado se está preocupado com os problemas que estão a ser reportados relativamente ao voto em mobilidade, João Oliveira disse "esperar sinceramente que as pessoas decidam votar e votem mesmo".
O candidato salientou que, nestas eleições, "o voto é igual àquilo que sempre foi: é com caneta, um boletim de papel, e dá as mesmas razões de confiança que as pessoas sempre tiveram nas eleições".
Espero "que não se encontrem elementos para perturbar essa confiança que as pessoas têm de ter nas condições de exercício do voto. E, já agora, para que voto seja certo, é no quadrado que tem a foice e o martelo e o girassol ao lado", gracejou.
Questionado sobre o que a CDU tem feito para convencer indecisos, João Oliveira respondeu que se tem esforçado por "insistir nos problemas que mais dizem a cada um", designadamente "salários, reformas, saúde, habitação, o apoio à produção nacional e o desenvolvimento científico e tecnológico".
"Estamos que convencidos que os indecisos estão com muito tempo para se decidir e particularmente com condições para se decidirem pelos argumentos da CDU", disse.
Nestas declarações, João Oliveira foi ainda interrogado sobre o facto de o cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, ter novamente insistido que o PCP e o Chega são partidos com muitas semelhanças.
"Em relação à IL, vou apenas dizer isto: não gastamos mais cera com ruído de fundo", disse, com Paulo Raimundo a comentar ao lado que a IL está "um bocadinho sem assunto".
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