Músico marca concertos, falta e fica com dinheiro. Miguel Bravo reage

Artista português está envolvido em várias polémicas. Algumas organizações que se dizem lesadas ponderam apresentar queixa nas autoridades. Ao Notícias ao Minuto, Miguel Bravo nega acusações, diz que a culpa é do "Facebook e do messenger".

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© Instagram / Miguel Bravo

Natacha Nunes Costa
02/07/2024 09:51 ‧ 02/07/2024 por Natacha Nunes Costa

País

Burla

O ex-concorrente do Got Talent 2021 Miguel Bravo está a ser acusado, por várias organizações de festas, de burla.

O músico terá faltado a vários espetáculos à última da hora, pelos quais já tinha recebido parte do dinheiro, e não devolveu o pagamento adiantado.

Uma das denúncias que chegou ao Notícias ao Minuto diz respeito ao Arraial de S. Pedro da Areosa 2024, no Porto, que se realizou no dia 29 de junho.

De acordo com a organização deste evento, o artista Miguel Bravo lesou o Arraial S. Pedro da Areosa com sobreposição de datas de espetáculos em cidades diferentes.

"No passado dia 16 de maio, a organização contactou o artista Miguel Bravo, através das suas redes sociais, meio que serviu para toda a negociação de valores para a atuação no dia 29 de junho, em horário a combinar. Os termos da sua contratação ficaram acertados, tendo o artista declarado o valor recebido e comprometendo-se, através de um e-mail, a marcar presença no evento", conta a associação ao Notícias ao Minuto, adiantando que, dias antes do evento, detetou dois cartazes que anunciavam a presença do artista na região de Lisboa, no mesmo horário do concerto no Arraial de S. Pedro da Areosa.

"Confrontado com os cartazes dos referidos eventos, ainda que garantindo que estaria presente (só não informou de que forma, uma vez que a atuação estava sobreposta), a atitude do artista alterou-se drasticamente, ao ponto de ter deixado de responder e deixou de estar contactável", adianta a organização do arraial ao Notícias ao Minuto.

Perante o "cenário apresentado" e as notícias recentes de que Miguel Bravo já estava envolvido em polémicas semelhantes, a organização informou o artista que a sua intenção era retirar o nome do cartaz e solicitou o reembolso do valor recebido até então.

Dinheiro este que, segundo a organização, "continua do lado do artista, que se recusa a admitir a sobreposição de datas".

"Após [a organização] ter conseguido chegar à conversa com a agência que representa o jovem artista, a HomeOut, que não esteve envolvida em momento algum deste processo por vontade do mesmo, a agência garantiu que desconhecia a presença de Miguel Bravo no Arraial de S. Pedro da Areosa, uma vez que este tinha agendado os espetáculos do artista em Lisboa", explicam ainda.

A organizadores do evento ponderam agora apresentar queixa nas autoridades, se Miguel Bravo não devolver o dinheiro pago adiantado.

Queixas sucedem-se

Outra das denúncias que veio a público, é da Associação Cultural Portuguesa de Consdorf, no Luxemburgo, no passado mês de maio. Num comunicado, citado por vários meios de comunicação social, a associação revela que Miguel Bravo cancelou um espetáculo na noite anterior ao mesmo, por estar, alegadamente, com uma “pneumonia há duas semanas”, depois de ter pedido um "sinal de 250 euros" e um outro de "100 euros" às "2h da manhã", de um outro dia, "porque estava a precisar".

"Isto tem de ser exposto. Um pseudo-artista como o Miguel Bravo tem de ser punido. No espetáculo, como na vida, não vale tudo. A associação vai agir judicialmente para sancionar o deplorável comportamento que lesou as expetativas dos presentes e da organização de festa", garantiu na altura a associação.

Mas as queixas não ficam por aqui. Na freguesia de Celeirós do Douro, na vila de Sabrosa, distrito de Vila Real, no dia 28 de junho, a junta confirmou ao Notícias ao Minuto que Miguel Bravo tinha confirmado presença nas festas em honra de São Pedro, mas não apareceu. Ao que parece, também tinha um espetáculo sobreposto em Lisboa.

"No dia do concerto mandou mensagem a pedir desculpa. O que vale é que quando ele pediu um adiantamento do dinheiro, nós dissemos que não era possível", revelou a autarquia.

Queixas semelhantes têm o Agrupamento de Escuteiros de Cedofeita, no Porto, e a organização das festas de S. Pedro de Sobreira, em Paredes.

"Burlas vêm do meu Facebook e messenger"

O Notícias ao Minuto contactou Miguel Bravo para obter uma reação a estas acusações. O artista começou por garantir que estas denúncias são "mentira", acrescentando que não fica com o dinheiro. "Até porque devolvo sempre o valor", explicou.

Posteriormente, noutra mensagem enviada por Whatsapp, uma vez que não está contactável por chamada, Miguel Bravo deu ainda a entender que as burlas não são cometidas por ele.

"Apenas existem burlas através do meu Facebook e messenger, com o qual eu não tenho nada a ver", reiterou.

Em 2022, a conversa era outra. Miguel Bravo admitiu na altura, após ser confrontado com vários casos semelhantes aos que agora são novamente relatados, que errou e que tinha "de parar por uns tempos" para se organizar.

Há dois anos, através de um comunicado partilhado nas redes sociais, assumia andar "a mil por Portugal inteiro", "um arranque após Covid para o qual não estava preparado psicologicamente" e que "de repente, tinha tudo baralhado", garantindo que nunca tinha feito nada "por mal".

Leia Também: Recebeu esta mensagem da GNR? É burla, "não efetue o pagamento"

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