O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta terça-feira a morte do tenente-general Franco Charais, aos 93 anos.
Numa nota na página oficial da Presidência da República, Marcelo deu conta que "foi com pesar" que tomou conhecimento da morte do antigo capitão de Abril.
"Neste momento de perda, o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas apresenta sentidas condolências à família, amigos e seus companheiros de armas", pode ler-se no comunicado.
O Chefe de Estado português destaca a perda de "um dos notáveis militares de Abril", uma pessoa "bastante interveniente nos momentos de preparação da revolução, na elaboração do programa do Movimento das Forças Armadas e no período que lhe seguiu", realçando que Franco Charais deixará "uma grande saudade na família militar e na jovem democracia".
De recordar que Franco Charais morreu hoje aos 93 anos.
Tenente-general do Exército já reformado, Manuel Ribeiro Franco Charais nasceu no Porto, em Cedofeita, a 24 de fevereiro de 1931.
Militar de Abril, Franco Charais colaborou na redação do programa do Movimento das Forças Armadas e, entre 1974 e 1982, integrou a Comissão Coordenadora do MFA, Conselho de Estado, Conselho de Revolução e comandou a Região Militar do Centro.
Desempenhou missões militares em Portugal Continental, Açores, Madeira, Angola e Moçambique.
Foi condecorado com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade, Medalha de Ouro de Serviços Distintos com Palma e Grau de Cavaleiro da Ordem de Aviz.
Durante 14 anos desenvolveu um projeto de cooperação técnica com Angola, Moçambique, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe.
Pintor autodidata, dedicava-se atualmente por inteiro às artes plásticas, tendo participado, conjuntamente com a sua mulher, em exposições por várias cidades portuguesas e também em Espanha, Alemanha, Áustria e França.
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