"É uma área muito grande. Nós temos nesta área cerca de 648 hectares. Estamos a concluir uma intervenção que vai fazer com que esta área já fique com quase 50% de área intervencionada, quer em terrenos públicos, quer em terrenos privados", disse Miguel Albuquerque.
O chefe do executivo madeirense falava no âmbito de uma visita ao local, onde decorrem trabalhos de desmatagem.
Miguel Albuquerque explicou que foi construído a montante um depósito com capacidade para 1.500 metros cúbicos de água e toda a zona está dotada com 25 bocas-de-incêndio, de 500 em 500 metros ao longo da estrada, numa extensão de 10,5 quilómetros, no sentido de garantir maior segurança e uma intervenção mais eficaz dos bombeiros em caso de incêndio.
"Por outro lado, já estão em execução cerca de 40 quilómetros de caminhos florestais nesta zona", disse, indicando que, após a limpeza, na zona central do Caminho dos Pretos será criado um parque ecológico, com área de recreio e lazer.
Em toda área já intervencionada, que antes estava coberta por eucaliptos e acácias, foram plantadas espécies autóctones e outras mais resistentes ao fogo, como loureiros, faias, uveiras, massarocos e carvalhos.
"Algumas áreas foram cedidas a associações desportivas e de recreio no sentido de as utilizarem para as suas atividades", acrescentou Miguel Albuquerque, que aproveitou o momento para apelar à população para que limpe as áreas à volta das residências antes da chegada do tempo quente.
A faixa corta-fogo ao longo do Caminho dos Pretos visa no essencial criar de uma zona tampão de vegetação de baixa combustibilidade, diminuir o grau de vulnerabilidade da população do Funchal aos incêndios florestais e dotar a zona de meios que facilitem os trabalhos das corporações de bombeiros.
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