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"Não estou confiante. Palavras de primeiro-ministro foram explicativas"

Presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias, Bruno Pereira, mostra-se pouco confiante num resultado satisfatório, no dia que se debate o suplemento remuneratório das forças de segurança no Parlamento.

"Não estou confiante. Palavras de primeiro-ministro foram explicativas"

O presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias (SNOP), Bruno Pereira, afirmou, esta quinta-feira, que não está confiante que as forças de segurança consigam o suplemento remuneratório que têm negociado com o Governo, no dia em que o tema é debatido no Parlamento.

"Não estou confiante porque tenho reservas e dúvidas, ainda que haja consensualidade entre as forças políticas, tendo em conta que a reunião de dia 9 de julho se encontra marcada. Penso que as palavras do primeiro-ministro foram autoexplicativas", frisou, em declarações ao Notícias ao Minuto, referindo-se ao facto de Luís Montenegro ter dito, na terça-feira, que não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta, dizendo que já fez "um esforço medonho" e que não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira".

Na ótica de Bruno Pereira, onde se vai chegar no dia 9 de julho "é onde se vai chegar no dia de hoje": "Não chegar a um consenso e não chegar a um desfecho".

O comissário voltou ainda ao ponto onde ficaram as últimas negociações, frisando que "ficaram num total impasse", tendo em conta que a diferença que pedem os sindicatos para o que pede o Governo "é de 100 euros". "Representaria um encargo permanente de pouco mais de 50 milhões de euros, que não nos parece assim tão difícil de acomodar", acrescentou.

"O primeiro-ministro está a assumir uma posição política, portanto não pode escudar-se numa aparente limitação orçamental, que, no limite, poderia existir para o momento - por isso é que nós admitimos que o aumento pudesse ser de forma faseada. O Governo descartou e preferiu dizer, de forma inflexível 'nem mais um cêntimo'", destacou, de seguida.

Protesto? "Um líder político que decidiu vestir as vestes de um líder sindical"

Sobre o protesto programado para esta quinta-feira, em frente à Assembleia da República, enquanto decorre o debate, em resposta ao convite do presidente do Chega, o qual o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícias (SNOP) recusou, Bruno Pereira esclareceu que se trata de "uma confusão de papéis". 

"Um líder político que decidiu vestir as vestes de um líder sindical e, portanto, nessa medida, não me parece razoável que se misturem papéis. Eu também não gostaria que qualquer líder sindical assumisse uma liderança política", destacou, dirigindo-se a André Ventura.

Quanto ao facto do SNOP não aderir, o comissário aclarou que em causa está o facto de ainda estar marcada uma reunião para o dia 9 de julho. "Deve ser com o Governo, até ao limite das possibilidades, que se deve procurar um entendimento", salientou.

Recorde-se que movimentos inorgânicos de elementos da PSP e da GNR, bem como algumas estruturas sindicais, estão a mobilizar-se para estar, esta quinta-feira, durante a tarde na Assembleia da República, respondendo ao convite do presidente do Chega.

Apesar de as principais associações da GNR e sindicatos da PSP se terem demarcado desta convocatória do Chega, o Movimento Zero e o Movimento Inop estão a apelar aos polícias, através das redes sociais, para comparecem no protesto em frente à Assembleia da República e para marcarem presença nas galerias, um apelo bem como sindicatos da PSP sem representação. O único sindicato que tem direito a negociar com o Governo e que já avançou que estará presente nas galerias é o SIAP (Sindicato Independente dos Agentes de Polícia).

Por sua vez, o primeiro-ministro afirmou, na terça-feira, que o Governo não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta para as forças de segurança, dizendo que já fez "um esforço medonho" e não está disponível para "trazer de volta a instabilidade financeira".

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