Os casamentos entre animais de companhia são cada vez mais frequentes na China. Em Xangai, os golden retrievers Bree e Bond deram ‘o nó’ numa cerimónia ao ar livre, que contou até com um bolo feito à medida e roupas a rigor.
“As pessoas casam-se. Porque é que os cães não podem fazê-lo?”, questionou o tutor de Bree, Rye Ling, depois de levar a sua patuda ao altar, em declarações à agência Reuters.
De facto, a tendência parece ter tido origem na crescente popularidade dos animais de companhia num país em que as políticas governamentais pouco têm feito para incentivar a população a casar. Segundo aquele meio, em 2023, as despesas com animais aumentaram 3,2% para 279,3 mil milhões de yuan (35,58 mil milhões de euros), quando comparadas com 2022.
Em 2023, havia mais de 116 milhões de gatos e cães na China, segundo dados da empresa Acuity Knowledge Partners. Significa isto que, se o número for distribuído uniformemente pela população urbana, aproximadamente um em cada oito chineses tem um gato ou um cão. Além disso, a maioria dos tutores tem menos de 40 anos.
Ainda que Ling e sua namorada Gigi Chen não tenham pressa em dar ‘o nó’, a cerimónia dos seus patudos foi planeada ao detalhe durante meses: contrataram fotógrafos profissionais, fizeram livros de honra de casamento e encomendaram um bolo personalizado que custou 800 yuan (cerca de 102 euros), adornado com figuras que se assemelhavam ao ‘casalinho’.
Yang Tao, que tem uma padaria dedicada a animais de estimação em Xangai, confessou que, inicialmente, ficou surpreendida com o pedido.
“Acho que haverá cada vez mais casamentos de cães”, disse, tendo apontado que já organizou várias cerimónias desde que abriu a sua padaria, em 2022.
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