O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deixou, esta sexta-feira, uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nas redes sociais.
"Obrigado, Joe e Jill Biden, pela fantástica hospitalidade em Washington. Portugal e os Estados Unidos têm uma longa e forte relação e a nossa amizade perdurará", escreveu numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter), onde a mesma nota foi deixada também em inglês.
A mensagem surge acompanhada de uma fotografia de Montenegro e Biden, com as respetivas esposas.
A mensagem é deixada no dia seguinte ao fim da cimeira da NATO, que se realizou em Washington DC durante três dias. O encontro juntou os líderes pertencentes à Aliança, e foram discutidos vários temas - apesar de a Ucrânia e do apoio ao país que se encontra em guerra ter estado em destaque.
Ao longo do encontro, o chefe de Governo reiterou o apoio de Portugal a Kyiv, deixando claro que a Aliança transatlântica estava "aberta" a receber a Ucrânia no grupo. Para além de Montenegro, esta posição foi mesmo reforçada pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg, que em conferência de imprensa repetiu que "o futuro da Ucrânia é na NATO". Stoltenberg apontou ainda que Kyiv tem progredido nos esforços para ir ao encontro dos critérios necessários para entrar na família.
"É importante que este caminho continue a ser feito, já que vai apoiar o caminho irreversível para a adesão à NATO", asseverou Stoltenberg.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica em caso de cessar-fogo no atual conflito, para evitar futuras agressões da Rússia.
Lusa | 17:46 - 10/07/2024
Portugal anunciou apoios a Kyiv na cimeira
Para além de destacar o apoio "incondicional" de Portugal à Ucrânia, Montenegro anunciou uma nova ajuda. "Vamos acrescentar, ainda este ano, 95 milhões de euros aos 126 que estavam previstos" aquando da assinatura de um acordo com Kyiv, quando Volodymyr Zelensky visitou Lisboa. "Será um esforço na casa dos 221 milhões de euros que faremos este ano", contabilizou.
"Esta cimeira importante para perspetivar próximos tempos desta Aliança, numa altura crucial, em que é preciso reestabelecer a paz e olhar para todas as ameaças que, pelo mundo fora - e em especial no sul -, estão hoje mais visíveis através da intervenção de países 'extra' Aliança Atlântica", afirmou o chefe de Governo.
Das farpas a Orbán às (contínuas) gafes de Biden
A cimeira ficou também marcada por outros momentos, como o agradecimento do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à Aliança, assim como falou das restrições que têm sido colocadas pelos países em relação a armas.
O líder ucraniano lançou ainda 'farpas' ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, quando questionado sobre o 'roteiro' que este responsável anda a fazer entre Kyiv, Moscovo e outros países - mais aliados da Rússia. Confrontando, Zelensky disse que não sabia onde "Orbán ia estar amanhã", e repetindo várias vezes que o que ia dizer era feito com "todo o respeito", rematou: "Nem todos os líderes podem fazer negociações. Têm de ter algum poder".
A cimeira, que decorreu de 9 a de julho, fechou também com um momento que é agora recorrente: as gafes do presidente dos EUA, Joe Biden, cuja recandidatura à presidência tem vindo a ser questionada. Nos últimos momentos do encontro, Biden apresentou trocou o nome de Zelensky e apresentou-o como "presidente Putin" - apressando-se a corrigir e a 'levar' uma resposta com humor do líder ucraniano.
Biden não ficou por aqui, já que no meio de elogios à sua vice-presidente, Kamala Harris, acabou por trocar o seu nome pelo do adversário, Trump.
Leia Também: Zelensky lança 'farpas' a Orbán: "Nem todos os líderes podem negociar"
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