A Unidade Local de Saúde de Póvoa de Varzim/Vila do Conde está à procura da mãe de um feto que nasceu já sem vida, uma vez que a mulher não voltou mais à unidade de saúde para reclamar o corpo do filho. Neste seguimento, a entidade decidiu publicar um anúncio. Pode parecer chocante, mas a situação está em linha com os requisitos legais.
A notícia, que foi inicialmente avançada pelo Jornal de Notícias, dá conta que, em março deste ano, uma mulher deu entrada no hospital da Póvoa de Varzim e deu à luz um feto, de 22 semanas, já sem vida.
A mulher, que se crê ser toxicodependente, acabou por abandonar a unidade de saúde e o corpo mantém-se desde então numa câmara frigorifica, à espera que alguém o reclame. Isto porque, segundo explicou a unidade de saúde, sempre que ocorre a morte de um feto com 22 ou mais semanas, é obrigatório o certificado médico de morte fetal, o registo do óbito na conservatória e o respetivo funeral. A Unidade não pode avançar para esta última situação sem o consentimento da mãe.
O anúncio publicado pela ULSPV/VC© Reprodução
Posto isto, e após meses de espera, a ULSPV/VL decidiu avançar com um anúncio na imprensa nacional. "Nado-morto não reclamado" é o titulo do anúncio, onde a entidade chega a identificar a mulher que procura.
A situação pode parecer chocante mas, em declarações ao Notícias ao Minuto, fonte do hospital afirma que "apenas foram seguidos os trâmites legais".
A mesma fonte não quis prestar declarações adicionais sobre a situação, reforçando apenas que como existe esta “exigência legal”, a entidade deu seguimento ao anúncio, cuja "publicação é legal".
Findo o prazo legal (20 dias), caso ninguém entre em contacto com o hospital, será feito um funeral social.
Leia Também: "Em boas condições". Bebé com meses deixado junto a hospital em Espanha