Uma equipa de bombeiros dos Voluntários de Torres Vedras só conseguiu dar entrada num hospital a uma grávida que transportavam numa ambulância seis horas após o pedido de socorro e depois de 370 quilómetros percorridos, avança a Liga dos Bombeiros Portugueses na sua página de Facebook.
De acordo com a nota publicada esta quarta-feira nas redes sociais, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU/INEM) acionou os Bombeiros de Torres Vedras para um possível trabalho de parto, às 6h23 da manhã, de 13 de julho.
"Chegados junto da grávida os bombeiros passaram dados ao CODU e este informou que o hospital mais próximo seria Abrantes mas, na dúvida sobre a sua disponibilidade mandou avançar para Coimbra – Maternidade Bissaya Barreto", acrescenta a Liga dos Bombeiros Portugueses.
Ali chegados, os bombeiros foram informados que a doente não seria admitida e, "sempre em contacto com o CODU", adianta ainda o mesmo esclarecimento, "receberam indicação para levar a doente para a Maternidade Daniel Matos", em Coimbra.
Isto "seis horas depois do pedido e depois de 370 quilómetros percorridos". No contacto contínuo com o CODU, não foram sugeridos, por exemplo, os hospitais de Lisboa, Loures, Leiria, Vila Franca de Xira ou Caldas da Rainha, dizem os bombeiros.
"Este é um caso, só por si grave, mas ainda mais grave quando se tem repetido à exaustão, não só com grávidas mas também com outras situações", realça ainda a Liga dos Bombeiros Portugueses.
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