Em declarações à estação televisiva CNN, Carlos Carreiras disse que "o fogo ainda não está controlado, mas está em vias de ficar controlado".
Às 15h45, o incêndio, que deflagrou numa zona de mato e floresta junto da localidade Murches às 12h19, estava a ser combatido por 317 bombeiros, 93 veículos e oito meios aéreos.
"A variável que não controlamos é o vento que muda de direção", observou o autarca, acrescentando que, caso isso suceda, "os meios no terreno, quer a nível aéreo, quer a nível terrestre, quer a nível humano, são mais do que suficiente para o incêndio que neste momento está a ocorrer".
Carlos Carreiras informou que, apesar da proximidade do incêndio de habitações, não foi ainda necessário proceder a evacuações, apenas a retirada de algumas pessoas mais idosas devido à forte presença de fumo, e disse que, caso se justifique, estavam a ser preparadas instalações de retaguarda para a eventualidade de acolher populações.
O presidente da Câmara de Cascais afastou que este seja um incêndio de "enorme gravidade", em comparação com um fogo que atingiu uma zona próxima no ano passado, e que disse ter chegado, na altura, a ser combatido por cerca de 1.500 operacionais.
O autarca justificou o investimento em meios no fogo de hoje com a inexistência de outras ocorrências de relevo na região de Lisboa, considerando que "é natural que, havendo um foco de incêndio, se afete meios disponíveis para poder combatê-lo, para poder controlá-lo no mais curto espaço tempo".
As causas do incêndio não estão determinadas. Nos últimos dois anos, foram registados incêndios de proporções elevadas na freguesia de Alcabideche.
Devido à orientação do vento, o fumo e partículas de cinzas provenientes do fogo de hoje chegavam às zonas de habitação na freguesia de Cascais.
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