A Polícia Judiciária (PJ) informou, esta terça-feira, que participou na III fase da operação transnacional Jackal, coordenada pela Interpol. Trata-se de uma operação contra "redes de crime organizado da África Ocidental, que se dedicam ao desenvolvimento de fraude online". No total, foram detidas cerca de 300 pessoas, 31 das quais em Portugal.
Segundo a PJ, a operação decorreu entre 10 de abril e 3 de julho e contou com a "participação de 21 países espalhados por todos os continentes".
"Até à data em Portugal, esta operação resultou na detenção de 31 pessoas entre cidadãos estrangeiros e nacionais, na apreensão de cerca de 1 milhão e 400 mil euros, no congelamento de 50 contas bancárias e na identificação de 48 suspeitos e abertura de 28 investigações", informou a autoridade portuguesa num comunicado enviado às redações.
Já de acordo com a Interpol, "a operação anual resultou em cerca de 300 detenções, na identificação de mais de 400 suspeitos adicionais e no bloqueio de mais de 720 contas bancárias".
"O volume de fraudes financeiras provenientes da África Ocidental é alarmante e está a aumentar. Os resultados desta operação sublinham a necessidade crítica de colaboração internacional entre os serviços de aplicação da lei para combater estas extensas redes criminosas", referiu Isaac Oginni, diretor do Centro de Combate à Corrupção e aos Crimes Financeiros da INTERPOL (IFCACC), em comunicado.
Entre os detidos, encontram-se membros do ‘Black Axe’, "um dos mais proeminentes sindicatos de crime organizado transnacional da África Ocidental, com operações em matéria de fraude cibernética, tráfico de seres humanos, contrabando de droga e crimes violentos, tanto em África como a nível mundial".
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