Equipa de vigilância em Évora com reforço policial após ameaças
A equipa de vigilância eletrónica de Évora vai ter um reforço de segurança policial, após um episódio de ameaças por um cidadão, denunciado pelo sindicato dos técnicos de reinserção, que considera esta medida insuficiente.
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País Segurança
O Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SinDGRSP) denunciou na segunda-feira um episódio de ameaças e tentativa de assalto à equipa de vigilância eletrónica de Évora, ocorrido na noite de sábado, 27 de julho, o qual motivou a chamada da PSP ao local.
Segundo referiu na segunda-feira o sindicato, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) não tomou qualquer medida adicional de segurança mesmo tendo conhecimento do incidente, pelo que o SinDGRSP anunciou apoio a uma ação legal da equipa de vigilância de Évora contra a tutela "por falta de segurança e abandono dos técnicos em exercício de funções".
Em resposta à Lusa, a DGRSP, que confirmou o incidente na noite de sábado, referiu que na manhã de hoje "o coordenador da equipa voltou a deslocar-se pessoalmente ao comando da PSP de Évora e, em articulação com o Chefe da PSP, foi acordado que esta equipa teria mais acompanhamento policial".
"A DGRSP tem tolerância zero para com qualquer ato de violência, verbal ou física, dirigido a trabalhadores seus e zela pela segurança de pessoas e instalações. Este princípio é confirmado pelo facto de esta ocorrência ser incomum. No mais, considera-se que os cidadãos e as estruturas sindicais têm todo o direito a desencadear as ações legais que entendam", afirmou ainda a DGRSP.
Miguel Gonçalves, presidente do SinDGRSP, considerou o anúncio desta medida pela DGRSP insuficiente para garantir a segurança dos técnicos.
"Como sabemos, isso não garante nada, apenas e quando possível a circulação dos agentes pelo local. Todos os organismos públicos garantem segurança com vigilância própria ou privada. As colegas não podem ficar sozinhas, isto é, [não pode haver] um único trabalhador/a durante o turno da noite", reagiu Miguel Gonçalves à Lusa.
Perante isto, e enquanto não ficar garantida a segurança das instalações e não for cumprida a determinação de dois trabalhadores por turno, especialmente no turno da noite, a queixa judicial anunciada na segunda-feira mantém-se, garantiu Miguel Gonçalves.
Segundo denunciou o sindicato e conforme confirmou a DGRSP, um cidadão dirigiu-se na noite de sábado, pouco depois das 23:00, ao edifício onde trabalha a equipa de vigilância eletrónica de Évora, tendo proferido ameaças e batido na porta, de acordo com o SinDGRSP, com uma marreta.
De acordo com o SinDGRSP, o alegado intruso, que se pôs em fuga, terá gritado do exterior "sei quem vocês são... estragaram-me a vida... vão ver".
"O cidadão em causa deu algumas pancadas fortes na porta e preferiu algumas palavras das quais, devido ao barulho, foram percetíveis apenas ameaças dirigidas a trabalhador não identificado. Foi estabelecido contacto imediato com a PSP de Évora que fez deslocar, às instalações da equipa de vigilância eletrónica, cinco agentes da PSP de Évora que tomaram conta da ocorrência, tendo sido aberto inquérito por este órgão de polícia criminal", relatou, por seu lado, a DGRSP.
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