E.coli interdita a banhos praias da Poça e das Moitas em Cascais
Resultados de novas análises à água só serão conhecidos na próxima segunda-feira.
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País Praias
A praia da Poça e a praia das Moitas, ambas no concelho de Cascais, estão interditas a banhos devido à identificação da bactéria E.coli na água, segundo confirmou o Notícias ao Minuto junto do capitão do Porto de Cascais, José Manuel Marques Coelho.
Como resultado de análises de rotina à água das praias, as autoridades competentes identificaram a referida bactéria, que é nociva para a saúde, pelo que os banhos nestas praias foram interditados e içadas as respetivas bandeiras vermelhas.
O capitão do Porto de Cascais admitiu que, até ao momento, não foi possível identificar concretamente a origem da bactéria, mas acredita-se que terá resultado de descargas de esgotos - em terra e não no mar.
Logo a seguir à identificação da bactéria, foram realizadas novas análises à água, aguardando-se os resultados oficiais na segunda-feira.
Segundo disse o capitão do porto à Lusa, com estas duas situações, são já "nove episódios de interdição das praias" registados desde o início da época balnear, entre as quais da Parede, Azarujinha e Rainha, e em princípio a origem da contaminação "será de terra para o mar", uma vez que a 'escherichia coli' (E.coli) "é uma bactéria fecal, por isso será proveniente de esgotos".
"Agora, todas as entidades com responsabilidades, particularmente a câmara municipal, as empresas de resíduos e de esgotos e a APA e a Autoridade de Saúde, cada uma com as suas competências, estão a investigar as causas", assegurou José Manuel Coelho.
O responsável da capitania adiantou ainda que, para já, estão "identificadas as causas para dois ou três desses episódios [anteriores], que foram galgamento das ribeiras na sequência das chuvas que aconteceram recentemente no verão", pois "sempre que há chuvas este risco é maior".
Apesar das análises, incluindo às areias, repetidas pela câmara e vistorias aos percursos das ribeiras e obras nas proximidades do mar, pela possibilidade de ruturas de condutas, até agora não existem resultados positivos quanto à origem da contaminação, que tem afetado praias diferentes, notou o oficial.
Enquanto as águas balneares estiverem interditadas, os banhistas são advertidos para não tomar banho e a vigilância estará a cargo dos nadadores-salvadores, que em caso de desobediência podem alertar as autoridades policiais para aplicação de contraordenações, que "vão de 55 a 550 euros", explicou José Manuel Coelho.
"Mas, além disso, é a saúde das pessoas que está em causa, porque é uma bactéria que pode provocar vários tipos de infeções, respiratórias, de pele e gastrointestinais", salientou o capitão do porto, admitindo alguma "preocupação" pelo calor esperado nos próximos dias, tornando "mais apetecível para ir à água", mas frisou a "grande vantagem" de nas proximidades existirem "outras praias que não estão interditas".
A associação Zero alertou na quarta-feira para o agravamento da qualidade da água nas praias portuguesas, referindo que durante a presente época balnear 41 já estiveram interditas e 46 com banhos desaconselhados, a maioria no concelho de Cascais.
A Câmara Municipal de Cascais explicou ao Notícias ao Minuto que já recebeu os resultados das análises da Agência Portuguesa do Ambiente à água, mostrando que a bactéria já não está presente nestas praias.
Questionada sobre esta informação, o capitão do Porto de Cascais afirmou ter também já recebido tais resultados, aguardando-se a confirmação por parte das autoridades de saúde para levantar a interdição.
[Notícia atualizada às 20h32]
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