Reforma na Saúde "só se houver consenso dos partidos políticos"

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, disse que a instituição está "totalmente disponível para ajudar" no planeamento de uma reforma da Saúde em Portugal.

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© Carlos Pimentel/Global Imagens

José Miguel Pires
13/08/2024 14:37 ‧ 13/08/2024 por José Miguel Pires

País

Saúde

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considerou, esta terça-feira, que é necessária uma "reforma profunda nacional" e não "um penso rápido" ou "uma pequena emenda", que é o que "tem acontecido", no setor da Saúde.

 

"Tem de haver um plano de reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para cinco ou dez anos, não pode ser para o ano seguinte, ou para o mandato seguinte", disse o bastonário ao Notícias ao Minuto, apelando a que seja feita uma "planificação tendo em conta os recursos que temos, a capacidade económica e financeira do país, as perspectivas das doenças, do ponto de vista regional, as caraterísticas das populações, que recursos humanos, tecnológicos e técnicos temos".

Para tal, porém, é necessário "um consenso transversal dos partidos políticos da Assembleia da República e um pacto", ou seja, "as pessoas juntarem-se e fazerem, em conjunto, essas mudanças".

"A Ordem dos Médicos pode ser um agente facilitador para essas mudanças, porque tem uma perspectiva técnica daquilo que tem de ser o SNS, e não uma perspectiva ideológica, política ou político-partidária", atirou, numa altura em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acenou com a possibilidade de ser criado um "pacto de regime" para o setor, "no sentido de haver uma continuidade política".

Carlos Cortes garantiu que a Ordem dos Médicos "está totalmente disponível para ajudar", sendo que "o SNS não pode estar na arena do combate político, tem de estar é numa plataforma de entendimento".

Leia Também: "Pacto na saúde"? De "fundamental" a "bom senso", as opiniões

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