O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou este domingo que o incêndio que lavra há quatro dias na região não provocou, por enquanto, "qualquer vítima" e afirmou não ter "dúvidas" de que se trata de "fogo posto".
"Até agora, não houve qualquer vítima a lamentar e não há qualquer habitação consumida pelo fogo, nem houve destruição de infraestruturas essenciais", disse o responsável em conferência de imprensa, pelas 19 horas.
Segundo Albuquerque, os corpos de intervenção de bombeiros foram colocados "em zonas estratégicas tendo em vista a salvaguarda dos núcleos urbanos".
As 160 pessoas que foram retiradas de casa por "precaução" têm as "condições mínimas de conforto" e estão a receber "apoio do ponto de vista médico e social". Albuquerque explicou ainda que os habitantes foram retirados apenas por "precaução" devido à "inalação de fumo", que "poderia colocar em causa a saúde das pessoas mais vulneráveis".
Durante a noite passada, o fogo "foi contido" nas zonas de "habitações que estiveram em maior perigo". "Neste momento, a evolução do incêndio está predominantemente no Paul da Serra e estamos a proceder a uma faixa de contenção de fogo nessa zona", explicou.
Miguel Albuquerque afirmou que, atualmente, "as condições meteorológicas são mais favoráveis", prevendo-se uma "diminuição da intensidade do vento e das temperaturas".
"Este fogo foi um fogo muito perigoso que derivou - e não tenho nenhuma dúvida - de fogo posto em zona inacessível e durante um período em que um meio aéreo não podia atuar", disse ainda.
O incêndio rural que lavra na Madeira desde quarta-feira mantém ao final da tarde de hoje três frentes ativas, anunciou o presidente do Governo Regional, referindo que há 160 pessoas em equipamentos públicos após terem sido retiradas das suas casas por precaução.
Lusa | 19:35 - 18/08/2024
Face às críticas por ter 'demorado' a aceitar a ajuda de recursos do continente, Miguel Albuquerque defendeu que "o que é essencial não é algumas zonas de mato arderem" e o que tem de ser feito "é acompanhar a evolução do fogo e perceber, consoante os ventos, qual é a possibilidade desse fogo atingir zonas urbanas e colocar os meios nesses sítios".
"É um incêndio muito intenso, com condições atmosféricas muito intensas, e não temos, até ao momento, nenhuma vítima, não temos danos materiais avultosos a lamentar, não temos nenhuma perda de habitação... Onde é que estamos a errar? Qual é a estratégia da Proteção Civil que está errada?", questionou.
Já o Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, adiantou que, atualmente, "neste momento" estão empenhados 38 meios terrestres e 195 operacionais no combate às chamas nos concelhos de Ribeira Brava e Câmara de Lobos.
Segundo o mesmo responsável, já foram empenhados mais de 500 bombeiros desde o passado dia 14 de agosto, quando deflagraram as chamas, que estão a ser "mobilizados de acordo com as condições e de acordo com o que é necessário".
[Notícia atualizada às 19h45]
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