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"Derivou, sem dúvida, de fogo posto". Incêndio na Madeira sem vítimas

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, fez um ponto de situação sobre o incêndio na Madeira, e afirmou que se terá tratado de um "fogo posto em zona inacessível durante um período em que um meio aéreo não podia atuar".

"Derivou, sem dúvida, de fogo posto". Incêndio na Madeira sem vítimas
Notícias ao Minuto

19:11 - 18/08/24 por Notícias ao Minuto

País Madeira

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou este domingo que o incêndio que lavra há quatro dias na região não provocou, por enquanto, "qualquer vítima" e afirmou não ter "dúvidas" de que se trata de "fogo posto".

 

"Até agora, não houve qualquer vítima a lamentar e não há qualquer habitação consumida pelo fogo, nem houve destruição de infraestruturas essenciais", disse o responsável em conferência de imprensa, pelas 19 horas.

Segundo Albuquerque, os corpos de intervenção de bombeiros foram colocados "em zonas estratégicas tendo em vista a salvaguarda dos núcleos urbanos".

As 160 pessoas que foram retiradas de casa por "precaução" têm as "condições mínimas de conforto" e estão a receber "apoio do ponto de vista médico e social". Albuquerque explicou ainda que os habitantes foram retirados apenas por "precaução" devido à "inalação de fumo", que "poderia colocar em causa a saúde das pessoas mais vulneráveis".

Durante a noite passada, o fogo "foi contido" nas zonas de "habitações que estiveram em maior perigo". "Neste momento, a evolução do incêndio está predominantemente no Paul da Serra e estamos a proceder a uma faixa de contenção de fogo nessa zona", explicou.

Miguel Albuquerque afirmou que, atualmente, "as condições meteorológicas são mais favoráveis", prevendo-se uma "diminuição da intensidade do vento e das temperaturas".

"Este fogo foi um fogo muito perigoso que derivou - e não tenho nenhuma dúvida - de fogo posto em zona inacessível e durante um período em que um meio aéreo não podia atuar", disse ainda. 

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Face às críticas por ter 'demorado' a aceitar a ajuda de recursos do continente, Miguel Albuquerque defendeu que "o que é essencial não é algumas zonas de mato arderem" e o que tem de ser feito "é acompanhar a evolução do fogo e perceber, consoante os ventos, qual é a possibilidade desse fogo atingir zonas urbanas e colocar os meios nesses sítios".

"É um incêndio muito intenso, com condições atmosféricas muito intensas, e não temos, até ao momento, nenhuma vítima, não temos danos materiais avultosos a lamentar, não temos nenhuma perda de habitação... Onde é que estamos a errar? Qual é a estratégia da Proteção Civil que está errada?", questionou.

Já o Secretário Regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, adiantou que, atualmente, "neste momento" estão empenhados 38 meios terrestres e 195 operacionais no combate às chamas nos concelhos de Ribeira Brava e Câmara de Lobos.

Segundo o mesmo responsável, já foram empenhados mais de 500 bombeiros desde o passado dia 14 de agosto, quando deflagraram as chamas, que estão a ser "mobilizados de acordo com as condições e de acordo com o que é necessário".

[Notícia atualizada às 19h45]

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