O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, que ocorreu ao início da manhã de segunda-feira, ao largo de Sines, já registou nove réplicas de pequena magnitude, segundo dados disponibilizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Segundo uma nota divulgada no seu site oficial, o IPMA refere que as nove réplicas foram registadas pelas 5h47, 6h40, 7h14, 7hh27, 11h44 e 11h56, 22h53, 00h14 (27 agosto) e 00h30 (27 agosto) e tiveram magnitudes de 1,2; 1,1; 0,9; 1,0; 1,6; 1,5; 0,9; 1,4 e 0,8, respetivamente.
Recorde-se que o sismo teve epicentro a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, e ocorreu a 25 quilómetros de profundidade.
Até ao momento, o IPMA já recebeu mais de 19 mil testemunhos acerca do sismo "através do questionário macrossísmico online".
O sismo não causou danos e "foi sentido com intensidade máxima IV/V na Escala de Mercalli Modificada (MM56) na região de Setúbal, Lisboa, Beja, Faro, Santarém e Leiria, tendo sido sentido com menor intensidade no resto do território do continente".
Com intensidade V, considerada forte, os efeitos podem sentir-se fora de casa, caso ocorra durante a noite pode acordar as pessoas, "os líquidos oscilam e alguns extravasam", explica o IPMA.
"Pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação" quando de regista uma intensidade de V.
Em termos de magnitude, e considerando uma área com um raio de 100km em torno do epicentro, "trata-se do 10º maior sismo ocorrido desde o séc. XVI, sendo esta zona muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo de Setúbal e que teve uma magnitude de M7.1".
O IPMA frisou ainda que na "estação acelerométrica mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de agosto, foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental".
[Notícia atualizada às 23h54]
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