O projeto, "experimental e pioneiro", consiste na criação de uma horta comunitária no terraço do primeiro andar do principal edifício da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), em que se pretende envolver "toda a comunidade", desde alunos, passando por funcionários, professores e investigadores, disse à agência Lusa a diretora da faculdade, Maria Paula Paixão.
O terraço, virado para o rio Mondego, irá acolher, inicialmente, sete "camas" de cerca de 1,5 metros quadrados cada uma, onde se pode produzir hortícolas, ervas aromáticas e até flores comestíveis, referiu.
O projeto é feito em parceria com uma empresa privada com experiência na criação de hortas comunitárias e espera-se que permita recolher "produtos que sirvam a comunidade interna", mas que também possam servir instituições com as quais a faculdade se relaciona, aclarou.
"Estamos muito entusiasmados com este projeto", admitiu Maria Paula Paixão, referindo que, caso corra bem, o mesmo poderá ser replicado junto a outro edifício da FPCEUC, junto ao Centro Cultural Dom Dinis, que está em processo de reabilitação, de momento.
A empresa irá ajudar a faculdade a calendarizar as sementeiras e colheitas e disponibiliza-se a prestar toda a ajudar necessária para se assegurar uma horta produtiva, que terá "atividades abertas à comunidade" e uma diretora, ou GEO (Grower Executive Officer), que neste caso será a técnica superior dos serviços administrativos da faculdade Isabel Margarida Pereira, que fez a sugestão de criação da horta.
Segundo Isabel Margarida Pereira, as sete camas que irão compor a horta terão capacidade para uma produção anual de 100 a 120 quilos de produtos.
No âmbito do projeto, está também a ser pensado um processo de compostagem aproveitando os resíduos orgânicos do bar da faculdade, avançou.
Sobre como aproveitar os produtos resultantes da horta, há muitas ideias, nem todas já definidas, referiu, dando o exemplo da possibilidade de se fazer uma sopa mensal no bar da faculdade, com recurso àquilo que a horta possa produzir.
No final de setembro, deverão ser montadas as "camas" e, em outubro, será feita a escolha das "sementes mais apropriadas" e será a altura de "pôr as mãos na terra", afirmou.
"Será criada uma equipa e a empresa estará sempre disponível para responder às dúvidas" que possam surgir, acrescentou Isabel Margarida Pereira.
Todos os produtos serão biológicos, assegurou a GEO da horta comunitária.
De acordo com Maria Paula Paixão, o projeto surge num contexto em que a Universidade de Coimbra assumiu a sustentabilidade como um dos seus objetivos.
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