"Na ligação Lisboa-Porto, um dos principais corredores do país, já foram realizadas 26 viagens esta manhã, apesar de, neste momento, os autocarros estarem a circular com um atraso de 15 a 30 minutos; no início da manhã, o atraso nesta linha chegou aos 60 minutos", disse fonte oficial da Flixbus à Lusa.
Segundo a mesma empresa, pelas 11:00 as principais dificuldades aconteciam "nas regiões de Aveiro e Viseu, e, até ao momento, apenas foram canceladas duas viagens, sendo que outras 28 sofreram cancelamentos parciais".
"Estamos a tentar fazer apenas cancelamentos parciais das viagens, para que os constrangimentos não afetem, por exemplo, as ligações entre Coimbra e Lisboa", refere a mesma fonte.
Pela Rede Expressos, fonte oficial adiantou que a situação está normalizada no eixo Porto-Lisboa, mas estão "suspensas operações entre Porto-Covilhã e Porto-Viseu".
A Rede Expressos está "em permanente contacto com as autoridades", e só retoma "as viagens quando estiverem reunidas as condições de segurança".
A circulação entre Porto e Lisboa começou a ser normalizada a partir das 23:00 de segunda-feira, após terem sido suspensas devido aos incêndios que lavram nas zonas Centro e Norte do país.
Na segunda-feira, na Flixbus "foram canceladas 114 viagens, e outras 56 sofreram cancelamentos parciais, num total de 170 viagens afetadas".
Pelo menos quatro pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, como Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
Hoje de manhã, cerca das 09:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou mais de 140 ocorrências, envolvendo mais de 5.000 operacionais, apoiados por 1.600 meios terrestres e 21 meios aéreos.
A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
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