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Funcionários de junta constituídos arguidos por incêndio em Valongo

Incêndio em questão "consumiu cerca de um hectare de mancha florestal e causou danos em viaturas e unidades fabris".

Funcionários de junta constituídos arguidos por incêndio em Valongo
Notícias ao Minuto

17:14 - 17/09/24 por José Miguel Pires com Lusa

País Incêndios

Foram identificados e constituídos arguidos quatro funcionários da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Campo e Sobrado, concelho de Valongo, distrito do Porto, pela "presumível autoria de um incêndio florestal ocorrido na localidade de Campo", que "consumiu cerca de um hectare de mancha florestal e causou danos em viaturas e unidades fabris".

 

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) diz que se conseguiu apurar que "o incêndio foi originado pela utilização indevida de máquinas agrícolas, uma moto-roçadoura de disco metálico, cuja utilização é proibida quando o índice de perigo de incêndio rural se encontra a um nível máximo ou mesmo muito elevado".

"O incêndio causou ainda graves prejuízos para a circulação ferroviária na linha do Douro, com paralisação da circulação durante cerca de uma hora", concluiu a PJ.

Os arguidos, sem antecedentes criminais, prestaram termo de identidade e residência e foram interrogados sobre os factos em investigação. A operação contou com a ajuda da Guarda Nacional Republicana.

Esta manhã, o presidente das Freguesias de Campo e Sobrado, Alfredo Sousa, tinha dito à Lusa que foi constituído arguido, conjuntamente com mais dois funcionários da autarquia, mas negou culpas no incêndio.

"Fui constituído arguido pela PJ na qualidade de presidente de junta", começou por argumentar o autarca, explicando que "em nenhum momento" ordenou ao funcionário da junta para "meter um disco na roçadora".

Segundo Alfredo Sousa, foi o facto de "haver uns tojos na rua que fez o funcionário recorrer ao disco".

Os funcionários, continuou, após terem sido detidos e conduzidos à esquadra, por indicação da Polícia Judiciária foram depois transportados às instalações da PJ, no Porto, onde foram ouvidos.

"O procurador optou por nos constituir aos três como arguidos", precisou o autarca, insistindo que o planeamento dos trabalhos de limpeza não é da sua competência na autarquia.

Alfredo Sousa confirmou que a roçadora foi apreendida e referiu que o incêndio, apesar da proximidade da zona industrial, queimou apenas mato.

[Notícia atualizada às 18h25]

Leia Também: Presidente de Junta arguido por uso de roçadora em época de incêndios

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