Aviões reforçaram combate em Vila Pouca de Aguiar ao final da tarde
Dois aviões reforçaram ao final da tarde de hoje o combate aos incêndios que lavram em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, disse à agência Lusa a presidente da Câmara.
© Reuters
País Incêndios
"Estão a fazer descargas em pontos de incêndio que estariam altos para evitar a propagação para junto das aldeias. Não foi aqui, mas estão a ser úteis da mesma forma nos outros pontos do concelho para que também se consigam concentrar meios e colmatar os incêndios que estão maiores", afirmou Ana Rita Dias.
A autarca falava à agência Lusa, pelas 19h00, em Vilela da Cabugueira, aldeia onde estão concentrados meios de prevenção por causa do incêndio que deflagrou em Sabroso e Aguiar e queimou pinhal pela encosta acima.
Ana Rita Dias reclamou durante a tarde o reforço do combate com meios aéreos para evitar, precisamente, a propagação das chamas na zona norte do concelho.
O tempo de atuação dos aviões está limitado à luz do dia.
"Estamos uma vez mais a correr contra o prejuízo para tentar evitar que haja danos de maior na população", referiu.
Em Vilela da Cabugueira estão meios preparados para o caso de ser necessário retirar populares, o que a acontecer será para a vila de Pedras Salgadas e apenas por "uma questão de segurança e precaução".
"O fogo está a subir, estão em prevenção. As pessoas da aldeia também estão aqui para ajudar no que for necessário. Esperemos que não seja preciso retirar pessoas uma vez que aqui também é uma situação delicada porque temos apenas uma saída e temos que estar atentos a essa situação", afirmou a autarca.
De Vilela da Cabugueira o fogo pode lavrar em direção a Freixeda, uma outra aldeia também só com uma saída.
Desde segunda-feira que lavram três incêndios, com várias frentes e distantes, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, de onde galgou também para o município de Vila Real, pela zona de Covelo e Samardã.
Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram hoje num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.
Leia Também: Autoestrada A24 reaberta em Vila Pouca de Aguiar
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com